
Imagine um lugar onde cada passo, cada movimento e cada emoção da dança ganham vida para além dos palcos. Pois é, Joinville — aquela cidade que já era famosa pelo Festival de Dança — acaba de dar um salto monumental na cena cultural. Nesta sexta-feira (25), foi inaugurado o primeiro museu físico dedicado exclusivamente à dança em toda a América Latina. E olha, não é só mais um prédio cheio de coisas antigas: é uma experiência que mistura história, tecnologia e muita emoção.
Um acervo que conta histórias (e não só com palavras)
Logo na entrada, um espelho infinito reflete figurinos icônicos de espetáculos que marcaram época. À direita, uma linha do tempo interativa — daquelas que você controla com gestos — mostra como o sapateado dos anos 1920 evoluiu para o street dance atual. E tem mais: no segundo andar, uma sala com piso sensível ao toque recria coreografias famosas quando os visitantes pisam em certos pontos. Genial, né?
"A gente queria que as pessoas sentissem a dança, não apenas olhassem", explica a curadora Mariana Flores, enquanto ajusta um tutu da década de 1950. Entre os tesouros do acervo estão:
- Vídeos raros de bailarinos brasileiros que brilharam no exterior
- Croquis originais de cenários que parecem saídos de sonhos
- Até uma coleção de sapatilhas desgastadas — cada uma com sua própria história de suor e superação
Não é só sobre o passado
O museu já nasce com um pé no futuro. Uma instalação com realidade aumentada permite que você "danse" virtualmente com hologramas de grandes mestres. E tem um estúdio onde, toda quinta, coreógrafos contemporâneos criam ao vivo enquanto o público observa. "Queremos ser um laboratório vivo", diz o diretor artístico, que preferiu não ficar só no discurso: na inauguração, ele mesmo deu uma palhinha de ballet entre os convidados.
Ah, e para quem acha que museu é coisa séria demais: no térreo tem um "chão que dança" — literalmente! — que reage aos movimentos dos visitantes com luzes e sons. Crianças (e adultos que se deixam levar) adoraram. Afinal, como dizia certo mestre, "a dança começa quando as palavras acabam".