Sapo da Amazônia ganha nome em homenagem a Ozzy Osbourne: 'Príncipe das Trevas' vira símbolo da biodiversidade
Sapo da Amazônia homenageia Ozzy Osbourne

Quem diria que o grito primal de "Iron Man" ecoaria pela floresta amazônica? Pois é, meus caros – a natureza acaba de ganhar um rockstar de quatro patas (ou melhor, de membranas interdigitais).

Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) descobriram uma nova espécie de sapo no coração do Pará e, num rompante de criatividade digno dos anos 70, resolveram homenagear ninguém menos que Ozzy Osbourne. O "Príncipe das Trevas" da música agora empresta seu nome à Dendropsophus ozzyi – e cá entre nós, o bichinho tem mesmo um ar meio maluco-beleza.

De Birmingham para Belém

Não foi só o fato de o animalzinho ser noturno – assim como os melhores shows de rock – que inspirou a homenagem. O detalhe mais curioso? Os machos da espécie emitem um chamado que lembra nada mais nada menos que... o grasnado de um morcego! Coincidência? Para quem conhece o episódio em que Ozzy mordeu a cabeça de um morcego no palco em 1982, parece até predestinação.

"Quando ouvimos o canto pela primeira vez, foi instantâneo – só podia ser Ozzy", conta o biólogo Felipe Andrade, ainda meio abobalhado com a descoberta. "É um som áspero, gutural, que corta a noite amazônica como um riff de guitarra distorcida."

Características do astro

  • Tamanho: Pequeno, mas barulhento – como um bom cantor de metal
  • Coloração: Tons de marrom com manchas que parecem pintura de guerra
  • Habitat: Áreas alagadas – afinal, todo rockstar precisa de um palco molhado
  • Comportamento: Noturno (óbvio) e territorial (mais óbvio ainda)

E não pense que foi fácil chegar a essa descoberta. Os pesquisadores passaram três estações chuvosas seguindo pistas como detetives da biodiversidade, analisando desde a textura da pele até sequências de DNA. No final, a natureza mostrou mais uma vez seu senso de humor peculiar.

"É nossa pequena homenagem à cultura pop e à conservação ambiental", explica a herpetóloga Maria Fernanda Rios, enquanto segura o pequeno anfíbio com cuidado. "Quem sabe assim mais pessoas se interessem por proteger esses seres extraordinários?"

Enquanto isso, nas matas do Pará, o sapinho continua sua rotina de estrela do rock – sem saber que agora carrega no nome o peso (e a glória) de uma lenda da música. Resta saber se ele vai desenvolver gosto por whisky ou se contentará com insetos mesmo.