
Era uma manhã como qualquer outra na Zona Norte de Teresina — até que um vizinho atento notou algo estranho. Lá estava ela, uma raposinha de olhos arregalados, presa num cativeiro improvisado. O que aconteceu depois? Uma daquelas histórias que aquecem o coração.
Nesta terça-feira (23), a equipe do Ibama apareceu no local e, com aquela paciência de quem entende o ritmo da natureza, conseguiu resgatar não só a raposa, mas também outros dez animais silvestres que viviam em condições precárias. Dá pra acreditar?
O grande dia da liberdade
O Parque da Cidade, aquele cantinho verde no meio da urbanização, foi o palco escolhido para a soltura. E olha, não foi um "jogar os bichos lá e pronto". Os técnicos fizeram questão de:
- Avaliar cada animal minuciosamente
- Escolher áreas com vegetação adequada
- Monitorar os primeiros passos na vida selvagem
A raposa, a estrela do dia, hesitou por uns bons minutos antes de desaparecer entre as árvores. Quem viu garante que parecia até que ela olhou pra trás, como quem diz "valeu, gente".
Os outros protagonistas
Não foi só a raposa que ganhou as manchetes. Na lista de libertos estavam:
- Três jabutis que pareciam carregar o peso do mundo em suas cascas
- Um casal de pássaros da espécie sabiá, que mal esperou a gaiola abrir
- Cinco pequenos roedores silvestres, rápidos como foguetes
- Um lagarto teiú, todo desconfiado
"Cada um tem sua história", comentou um dos biólogos, com aquela voz mansa de quem já viu muita coisa. "Mas hoje, o final foi feliz."
O lado B da história
Por trás da cena idílica, um alerta importante: manter animais silvestres em casa não é só ilegal — é cruel. Muitos dos resgatados apresentavam sinais de estresse e má nutrição. E aqui vai um dado que dói: cerca de 60% não sobrevivem ao primeiro ano de cativeiro.
O Ibama aproveitou para lembrar que denúncias podem (e devem!) ser feitas pelo telefone 0800 61 8080. Afinal, como diria meu avô, "natureza não é enfeite — é casa".
Enquanto isso, no Parque da Cidade, a vida segue seu curso. Quem passar por lá nos próximos dias talvez tenha a sorte de avistar nossos novos moradores — agora, onde sempre deveriam ter estado: em liberdade.