
O Irã tem chamado a atenção internacional após implementar restrições severas ao passeio com cães em locais públicos. A medida, que já está em vigor em algumas regiões, tem gerado controvérsia e levantado debates sobre direitos dos animais e liberdades individuais.
O que diz a nova regulamentação?
Segundo as autoridades iranianas, a proibição visa proteger a "segurança e saúde pública", alegando que os cães podem transmitir doenças e causar desconforto em espaços compartilhados. Além disso, há um componente cultural e religioso: no Islã, os cães são considerados impuros por alguns segmentos.
Reação da população
Muitos iranianos que têm cães como animais de estimação estão revoltados com a medida. Para eles, os pets são parte da família, e a proibição representa uma invasão em suas escolhas pessoais. Alguns alegam que a lei é mais uma forma de controle social do que uma preocupação legítima com saúde pública.
Contexto histórico e cultural
O Irã não é o primeiro país islâmico a implementar restrições a cães. Em algumas interpretações do Islã, o contato com saliva ou pelo de cães pode invalidar rituais religiosos. No entanto, a aplicação rigorosa dessa norma varia entre países e comunidades muçulmanas.
Especialistas em direitos animais alertam que a proibição pode levar ao abandono de pets e ao surgimento de um mercado negro de cães. Enquanto isso, as autoridades insistem que a medida é necessária para manter a ordem pública.