Um surto silencioso preocupa tutores de animais no interior de São Paulo. Várias cidades da região estão registrando um aumento significativo de casos de cinomose, doença viral altamente contagiosa e frequentemente fatal que afeta cães.
O que é a cinomose e por que é tão perigosa?
A cinomose é uma doença causada por um vírus que ataca múltiplos sistemas do organismo canino. O vírus é parente do sarampo humano e pode ser transmitido através de secreções respiratórias, urina, fezes e outros fluidos corporais de animais infectados.
O grande perigo dessa doença está em sua alta taxa de mortalidade e nas sequelas neurológicas que pode causar nos animais que sobrevivem.
Sinais de alerta que todo tutor deve conhecer
Os sintomas da cinomose podem variar, mas os mais comuns incluem:
- Febre alta e persistente
- Secreção nasal e ocular
- Tosse e dificuldade respiratória
- Vômitos e diarreia
- Falta de apetite e prostração
- Convulsões e tiques nervosos
- Paralisia parcial ou total
Cidades em alerta máximo
Municípios como Itapetininga, Tatuí, Capão Bonito e região estão intensificando as campanhas de conscientização. As clínicas veterinárias locais reportam aumento de até 40% nos casos suspeitos nas últimas semanas.
"Estamos vivendo um cenário preocupante. Muitos tutores negligenciam o reforço anual da vacina, o que deixa os animais vulneráveis", alerta uma veterinária da região.
Prevenção: a única arma eficaz
A boa notícia é que a cinomose pode ser prevenida através da vacinação. A vacina múltipla (V8, V10 ou V11) deve ser aplicada em filhotes a partir de 45 dias de vida, com reforços anuais durante toda a vida do animal.
Medidas essenciais de proteção:
- Manter o calendário vacinal em dia
- Evitar contato com animais de procedência desconhecida
- Não frequentar locais com aglomeração de cães se o pet não estiver vacinado
- Procurar imediatamente o veterinário ao notar qualquer sintoma
Tratamento e cuidados
Infelizmente, não existe tratamento específico para a cinomose. O que os veterinários fazem é tratar os sintomas e fortalecer o sistema imunológico do animal, na esperança de que ele consiga combater o vírus.
Os casos que evoluem para a fase neurológica têm prognóstico reservado e muitas vezes exigem cuidados intensivos e medicação contínua.
A mensagem final é clara: a vacinação anual não é opcional, é necessidade. Proteja seu companheiro de quatro patas dessa doença devastadora.