
Numa tarde como outra qualquer na Asa Norte, um incidente inesperado virou o burburinho do bairro. Uma mulher, que preferiu não se identificar, foi surpreendida por um grupo de cães de rua enquanto caminhava perto do Eixão. O susto foi grande, mas o desfecho? Bem, aí é que tá a história.
Segundo testemunhas, os animais — que já eram conhecidos na região — pareciam especialmente agitados naquele dia. "Nunca tinha visto eles assim, foi como se algo tivesse tirado a paz deles", comentou um morador que pediu para ser chamado apenas de Carlos.
O resgate que virou prioridade
Mal a notícia do incidente se espalhou, e pronto: o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) entrou em ação. Mas não foi só isso. Protetores independentes, aqueles heróis de quatro patas que a gente nem sempre vê, também se mobilizaram.
O que aconteceu depois? Bom, os cães foram capturados com cuidado — sim, mesmo depois do susto, ninguém queria ver os bichinhos sofrendo. "Eles merecem chance", defendeu uma voluntária enquanto ajudava no resgate.
- 3 cães adultos foram levados para avaliação veterinária
- 1 cadela estava prenha e recebeu cuidados especiais
- Todos serão castrados antes de qualquer adoção
E a mulher que foi atacada? Por sorte, só levou um susto e alguns arranhões. Mas o caso reacendeu aquela velha discussão: até quando vamos empurrar o problema dos animais de rua com a barriga?
Entre tapas e beijos
Enquanto uns xingavam os animais nas redes sociais, outros corriam para defendê-los. "É falta de política pública, não culpa dos cachorros", esbravejou uma ativista no Twitter. Já um comerciante da região preferiu o pragmatismo: "Aqui perto do comércio a gente até dá comida, mas tem hora que o risco fica grande mesmo".
O CCZ, por sua vez, garantiu que os cães não seriam sacrificados — alívio para os protetores. "Eles vão passar por avaliação comportamental antes de serem disponibilizados para adoção", explicou um representante, que ainda fez um apelo: "Adotem, não comprem".
E assim, entre polêmicas e soluções paliativas, mais um capítulo da nossa complicada relação com os animais de rua se escreve. Fica a dúvida: quando é que vamos acertar de vez esse passo?