Cena polêmica viraliza nas redes sociais
Um vídeo que está circulando nas redes sociais está causando indignação e preocupação entre ambientalistas e banhistas. Nas imagens, é possível ver um homem agarrando uma gaivota em pleno voo na Praia do Forte, em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro.
As cenas mostram o momento exato em que o banhista, identificado apenas como um turista, estica o braço e segura a ave pelas asas enquanto ela sobrevoava a área da praia. O incidente ocorreu no último final de semana e rapidamente se espalhou pela internet.
Especialista emite alerta importante
O biólogo Luís Alfredo, especialista em fauna silvestre, foi enfático ao comentar o caso: "Esta prática é extremamente perigosa e condenável. As gaivotas, como qualquer animal silvestre, podem reagir de forma agressiva quando se sentem ameaçadas".
Segundo o especialista, os riscos envolvidos são significativos para ambas as partes:
- Para o animal: Estresse, ferimentos nas asas e pernas, transmissão de doenças
- Para os humanos: Possibilidade de ataques defensivos, transmissão de zoonoses e arranhões
Consequências legais podem ser severas
Além dos riscos físicos, a ação do banhista pode configurar crime ambiental. A captura de animais silvestres sem autorização é proibida pela Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98), podendo resultar em multas que variam de R$ 500 a R$ 5.000 por animal, além de detenção de seis meses a um ano.
O biólogo ressalta que as gaivotas desempenham um papel crucial no ecossistema costeiro: "Elas ajudam no controle de populações de pequenos animais e na limpeza do ambiente. Devemos aprender a conviver harmoniosamente com a fauna local".
Orientações para banhistas
Para evitar situações como esta, especialistas recomendam:
- Nunca tentar tocar ou capturar animais silvestres
- Manter distância segura das aves
- Não alimentar as gaivotas na praia
- Em caso de encontrar animal ferido, acionar órgãos ambientais
O caso serve como alerta para a importância do respeito à fauna local, especialmente em destinos turísticos como Cabo Frio, onde a convivência entre humanos e animais silvestres é constante.