Vasos de planta viram arma contra assaltos em SP — e câmeras de segurança são deixadas de lado
Vasos viram arma contra assaltos em SP; câmeras ficam de lado

Quem diria que um simples vaso de planta poderia se tornar o maior aliado na luta contra a criminalidade? Em um prédio de São Paulo, os moradores decidiram trocar as câmeras de segurança — que, convenhamos, nem sempre assustam os bandidos — por algo mais... digamos, natural.

Não é piada. Enquanto os totens de vigilância eletrônica ficavam lá, mudos e pouco eficazes, os residentes tiveram uma ideia que mistura jardinagem com segurança pública. "Colocamos vasos pesados perto das entradas", conta um morador que prefere não se identificar. "Se alguém tentar invadir, vai levar um tombo digno de meme."

Frustração com a tecnologia

As câmeras, instaladas há meses, não impediram uma série de furtos no condomínio. "Elas só servem para filmar o crime depois que acontece", reclama uma senhora de 62 anos, enquanto rega seu vaso de espada-de-são-jorge — agora duplamente útil. A sensação geral? De que a prefeitura e as empresas de segurança vendem soluções caras, mas ineficazes.

E olha que a estratégia dos vasos não é nova. Em favelas do Rio, já se usam garrafas pet amarradas em cordas como alarmes caseiros. Mas em um bairro de classe média de São Paulo, a cena chama atenção:

  • Vasos de cerâmica de 20kg posicionados como barricadas
  • Plantas espinhosas sob janelas do térreo
  • Até pedras decorativas viraram "munição" em caso de emergência

O que dizem os especialistas?

Um consultor em segurança urbana, que pediu para não ser identificado, admitiu: "Às vezes o low-tech funciona melhor que alta tecnologia". Mas faz um alerta: "Vasos podem ferir gravemente — inclusive crianças ou entregadores inocentes".

Já a polícia, é claro, não endossa a iniciativa. "A população não deve tomar a lei nas próprias mãos", diz um porta-voz. Mas entre um discurso oficial e a realidade do medo cotidiano, muitos moradores estão optando pelo verde — literalmente.

Enquanto isso, nas redes sociais, a discussão esquenta. De um lado, os que chamam a tática de "genialidade popular". De outro, quem vê tristeza em ter que recorrer a métodos medievais em pleno século XXI. E você? O que faria no lugar desses moradores?