
A noite de sábado (20) no Bairro Resistência, em Vitória, foi marcada por mais um episódio de violência que deixou a comunidade em alerta. Por volta das 22h, os sons de tiros ecoaram pelas ruas — e não eram fogos de artifício.
Um homem, ainda não identificado oficialmente, foi alvejado por múltiplos disparos. Testemunhas afirmam que ouviram pelo menos oito detonações, seguidas por gritos e o barulho de um carro acelerando em fuga. "Parecia filme de ação, só que era a nossa realidade", comentou um morador que preferiu não se identificar.
O socorro chegou tarde
Apesar do rápido acionamento do SAMU, a vítima já estava em estado grave quando os paramédicos chegaram. Eles tentaram reanimá-lo no local — sangue por toda parte, o cheiro de pólvora ainda no ar — mas os ferimentos eram graves demais. No caminho para o hospital, ele não resistiu.
Ah, os detalhes que fazem diferença: segundo informações extraoficiais, o homem teria entre 30 e 35 anos. Usava bermuda jeans e camiseta branca, agora manchada de vermelho. Nada de documentos no bolso. Nada que facilitasse o trabalho dos investigadores.
A cena do crime
A polícia isolou a área com aquela fita amarela que virou cenário comum em vários pontos da cidade. Dois técnicos do IML trabalhavam sob a luz precária de lanternas enquanto recolhiam as cápsas dos projéteis espalhadas pelo asfalto. "Parece que foi execução mesmo", murmurou um dos agentes, sem perceber que era ouvido por repórteres.
- Local: Rua principal do Bairro Resistência
- Horário: Por volta das 22h
- Armas: Provavelmente pistola, pelo calibre dos projéteis
- Motivação? Ainda um mistério completo
E enquanto isso, a vida segue. Na casa ao lado, uma família assistia ao Jornal Nacional com o volume alto o suficiente para abafar — ou tentar esquecer — o que havia acontecido do lado de fora de suas portas.
A Delegacia de Homicídios assumiu o caso, mas até o fechamento desta matéria, nenhum suspeito havia sido identificado. "Vamos apurar todas as linhas investigativas", garantiu um delegado que, claro, não quis se identificar. Porque em casos assim, todo mundo tem medo de falar. Até quem deveria dar as cartas.