
O sol estava a pino quando o bairro Nova Esperança, em Manaus, foi sacudido por cenas que parecem saídas de um filme de ação — só que, infelizmente, eram reais. Por volta das 14h desta terça-feira (16), um homem ainda não identificado foi executado a tiros em plena rua, diante de olhares atônitos de moradores.
Segundo relatos colhidos no local, dois indivíduos chegaram em uma motocicleta — aquela velha combinação que virou clichê do crime — e dispararam contra a vítima sem qualquer cerimônia. "Foi tudo muito rápido. Ouvi os tiros, olhei pela janela e vi o homem caído", contou uma vizinha, que preferiu não se identificar. Quem vive ali sabe: nessas horas, o silêncio é o melhor amigo.
Cena do crime
A avenida onde tudo aconteceu, normalmente movimentada, transformou-se num palco macabro. Marcas de pneus no asfalto, restos de fita isolante amarela e — o mais cruel — manchas escuras no chão contavam uma história que ninguém gostaria de ouvir. Um tênis abandonado a alguns metros completava o cenário surreal.
A Polícia Militar chegou rápido, mas os bandidos, como sempre, foram mais rápidos. "Sumiram como fumaça", resmungou um sargento enquanto anotava depoimentos. Os peritos trabalharam sob um sol de rachar, recolhendo cápsulas de bala que brilhavam no asfalto quente como moedas de um jogo mortal.
O que se sabe até agora
- A vítima tinha entre 30 e 35 anos
- Recebeu pelo menos cinco tiros — três no peito
- Não havia documentos no corpo
- Testemunhas afirmam que os criminosos usavam capacetes fechados
O delegado responsável pelo caso, em entrevista rápida à imprensa, foi econômico nas palavras: "Estamos seguindo todas as pistas". Frase que, convenhamos, já virou lugar-comum nesses casos. Enquanto isso, no grupo de WhatsApp do bairro, as mensagens não paravam: "De novo?"; "Até quando?"; "Aqui tá virando terra sem lei".
À noite, no mesmo local, apenas um pequeno memorial improvisado — velas, flores murchas, uma garrafa de cerveja meio vazia — lembrava que ali uma vida foi interrompida brutalmente. E Manaus, mais uma vez, se pergunta: quando será a próxima?