
Numa noite que prometia ser como qualquer outra, o clima de descontração num bar conhecido de Salvador foi interrompido por rajadas de tiros. Sim, você leu certo — mais um episódio de violência urbana que transformou cervejas geladas em cenas de pânico.
Por volta das 23h desta quinta (18), testemunhas contam que pelo menos dois indivíduos — encapuzados, como de praxe nesses roteiros de filme B — abriram fogo contra a fachada do estabelecimento. Não foi brincadeira de WhatsApp, não. Os estampidos ecoaram por três quarteirões.
O que se sabe até agora:
- Dois feridos foram levados ao Hospital Geral — um em estado grave, outro com lesões leves
- A polícia encontrou 20 cápsulas de calibre 9mm no local (e não, isso não é inventário de loja de armas)
- Clientes relatam que os atiradores fugiram numa moto sem placa (surpresa, né?)
O dono do bar, que prefere não se identificar — e quem pode culpá-lo? — disse ao G1 que "há meses" percebia movimentação estranha na área. "Mas quando a gente reclama, dizem que é paranoia", soltou, entre um gole de café e outro.
E os moradores?
Ah, esses coitados. Dona Maria, 62 anos, vende acarajé há 20 anos na esquina e nunca viu coisa igual. "Parecia rojão de São João, mas tava todo mundo correndo igual barata tonta", contou, ainda tremendo. Seu neto, de 15, teve crise de ansiedade — e não é pra menos.
Enquanto isso, a Delegacia de Homicídios tenta descobrir se foi acerto de contas ou apenas mais um capítulo aleatório dessa novela de violência que a cidade insiste em protagonizar. O delegado plantonista resmungou algo sobre "prioridades" e "falta de efetivo", mas prometeu (com aquele ar de quem já repetiu isso 157 vezes) que vai apurar.
E você, leitor? Acha que um dia a gente vai poder tomar uma cerveja em paz? Ou isso já virou utopia baiana?