Apreendido segundo suspeito de onda de facadas que aterrorizou o DF
Segundo suspeito de facadas no DF é preso

A tarde desta quinta-feira, 28, trouxe um alívio tenso para as ruas do Distrito Federal. Um segundo homem, suspeito de participar daquela série de esfaqueamentos que deixou todo mundo de cabelo em pé, foi levado algemado para a delegacia. A cena — digna de filme policial — aconteceu por volta das 15h, no Setor de Indústrias Bernardo Sayão, em Taguatinga.

Não foi nada fácil. Os agentes da 2ª Delegacia de Polícia (DP) precisaram fazer uma operação coordenada, quase uma caçada, para localizá-lo. Acreditem: ele estava escondido num galpão industrial abandonado, daqueles que dá até arrepio de entrar. A prisão foi tranquila, sem resistência — mas o clima, ah, o clima estava pesado.

E não é pra menos. A série de ataques, que rolou entre terça e quarta-feira, simplesmente paralisou partes da capital. Pessoas comuns, indo pro trabalho, voltando pra casa, comprando pão... e de repente, uma lâmina. Três vítimas em menos de 48 horas. Três.

O que se sabe até agora

O primeiro suspeito, um adolescente de 17 anos, já tinha sido apreendido antes. Esse segundo, cujo nome a polícia ainda não liberou (afinal, as investigações correm em sigilo), seria parceiro dele nos crimes. Juntos, eles formariam uma dupla sinistra, agindo sem motivo aparente — o que é ainda mais assustador.

Os ataques aconteceram em Ceilândia, em Taguatinga e no Plano Piloto. Lugares movimentados, cheios de gente. E justamente por isso, o sentimento de medo se espalhou feito rastro de pólvora. Quem passa por aquelas áreas agora olha pros lados, acelera o passo, evita horários escuros.

— A gente não espera por uma facada quando vai comprar um pão, comentou uma moradora de Taguatinga, que preferiu não se identificar. Isso aqui virou terra de ninguém?

E agora, o que vem pela frente?

O delegado responsável pelo caso adiantou que os dois suspeitos serão interrogados ainda nesta sexta. A expectativa é que eles detalhem os motivos — se é que existem — e confirmem se agiam sozinhos ou se havia mais alguém por trás.

Enquanto isso, a polícia reforçou o patrulhamento nas regiões onde os crimes ocorreram. Mas a pergunta que fica, ecoando nas conversas de bar e nos grupos de WhatsApp, é: até quando? Até quando a gente vai viver com esse frio na espinha?

O caso segue sob investigação. E a cidade, sob apreensão.