Numa manhã como qualquer outra, o porteiro — vamos chamá-lo de Carlos — estava ali, na parada de ônibus, pensando no almoço que a esposa prometera fazer. O sol já castigava, e o suor escorria. Até que, do nada, dois caras chegaram como um furacão. Nem deu tempo de reagir.
Eles vieram armados. Um deles — de boné e olhos vidrados — gritou algo que Carlos nem processou direito. O celular sumiu. A carteira também. E os socos? Ah, esses doeram mais que o prejuízo material.
O vídeo que viralizou
As câmeras de segurança flagraram tudo. São só 30 segundos, mas parecem uma eternidade. Dá pra ver o desespero no olhar do Carlos, a maneira como ele tenta se proteger com os braços. Os bandidos não estavam nem aí. Fizeram o serviço rápido e sumiram, deixando pra trás um homem assustado e uma cidade que se pergunta: "Até quando?"
Ribeirão Preto, aliás, tá virando notícia pelos motivos errados. Só esse mês, já foram cinco casos parecidos. E a sensação é que ninguém tá seguro — nem de dia, nem à noite.
O que diz a polícia?
Os PMs tão correndo atrás, mas até agora... nada. Nem uma pista. "Estamos analisando as imagens", diz o delegado, num tom que já conhecemos bem. Enquanto isso, Carlos — o porteiro — tá em casa, com o rosto inchado e a cabeça cheia de perguntas. "Por que eu?", ele deve estar pensando.
E você, leitor, já parou pra pensar no tanto de "Carlos" que a gente cruza todo dia? O cara do ônibus, o faxineiro, o entregador. Gente que só quer trabalhar em paz. Mas paz, ultimamente, tá difícil.
