
O que começou como mais uma noite normal num bar movimentado de Salvador descambou para uma cena de puro caos. A confusão, daquelas que ninguém espera, estourou por volta da meia-noite de sábado e rapidamente fugiu do controle. A discussão inicial, banal até, entre um grupo de clientes foi o estopim para uma briga generalizada que tomou todo o estabelecimento – e olha que o lugar não era pequeno.
Garrafas voando, cadeiras quebrando, gente gritando. O clima, que antes era de descontração, virou um verdadeiro pesadelo. E no meio dessa zona toda, estava um soldado da PM, de folga, tentando justamente acalmar os ânimos. A intenção era nobre, mas o resultado foi desastroso.
Foi nesse momento de total desordem que o inacreditável aconteceu. Um disparo de arma de fogo ecoou no meio do barulho. Um tiro. Um só. E quem caiu foi justamente o militar, atingido na perna. A perplexidade tomou conta de todos, até mesmo dos envolvidos na briga, que pareceram recuar por alguns segundos assustados com a gravidade do que havia acabado de acontecer.
O socorro não demorou, graças a Deus. O PM foi levado ás pressas para um hospital da rede particular. As informações que chegam são, ao menos, um alívio: o estado de saúde dele é estável. O projétil não pegou em nenhum osso ou artéria importante – foi mais um susto do que qualquer outra coisa, mas um susto que poderia ter terminado de uma maneira muito, muito pior.
E Agora, José?
A pergunta que fica é: quem atirou? Essa é a grande charada que a polícia tem agora para desvendar. Testemunhas relatam um cenário de muita confusão, com dezenas de pessoas empurrando, gritando e se agredindo. Nesse turbilhão, fica difícil apontar com exatidão de onde partiu o disparo. Foi acidental? Foi intencional? Alguém portava a arma ilegalmente? São muitas interrogações.
Uma coisa é certa: o caso agora está nas mãos do 12º Batalhão da Polícia Militar, que assumiu a investigação. Eles vão apurar tudo, desde a motivação inicial da briga até a identidade do responsável pelo tiro. Vão colher imagens de câmeras de segurança (se houver), ouvir todas as testemunhas e tentar reconstituir a sequência maluca de eventos.
Incidentes como esse, infelizmente, não são tão raros assim. Lugares com aglomeração e consumo de álcool podem, sim, se transformar em palco de violência inesperada. Desta vez, a vítima foi um homem fardado que, ironicamente, estava tentando botar paz. Uma tremenda falta de sorte, ou melhor, um daquês acontecimentos absurdos que a vida prega de vez em quando.
O bar, é claro, foi interditado pela polícia para a coleta de vestígios. O dono do estabelecimento deve ser ouvido, e o futuro do local agora pende na corda bamba. Vai ficar por isso mesmo? Ou será que a justiça vai conseguir encontrar o culpado por trás desse tiro que poderia ter sido fatal?