Pichações em Samambaia: Comerciantes Desesperados com Prejuízos e Falta de Ação
Pichações em Samambaia: crise para comerciantes

Não é exagero dizer que os comerciantes de Samambaia estão à beira de um ataque de nervos. O que começou como uns rabiscos esporádicos virou uma epidemia de pichações — e o bolso dos lojistas é quem mais sente. Sabe aquele dinheiro que ia pra investir no negócio? Agora vai pra tinta e serviços de limpeza.

"Parece que acordamos num filme de terror", desabafa Marcos, dono de uma loja de materiais de construção, enquanto aponta para a fachada riscada com tinta preta. "Só esse mês, gastei R$ 1.200 limpando a loja. E no dia seguinte? Lá estava de novo."

O preço invisível

Além do óbvio — ninguém quer comprar numa loja que parece abandonada —, há um custo psicológico. "Os clientes ficam com medo", explica Ana Lúcia, que há 15 anos mantém uma papelaria no local. "E quando o movimento some, a conta não fecha."

Curiosamente, os pichadores parecem ter horário comercial: a maioria dos ataques ocorre entre 2h e 5h da manhã. As câmeras de segurança? Captam tudo, mas até agora não adiantaram muita coisa.

O jogo do gato e rato

  • Segundo os comerciantes, as mesmas assinaturas aparecem repetidamente
  • Algumas lojas já foram vandalizadas até 3 vezes no mesmo mês
  • A polícia diz estar investigando, mas os resultados ainda não apareceram

Enquanto isso, surgem soluções criativas — e desesperadas. Um supermercado local contratou vigilante noturno. Outros estão cogitando instalar grades elétricas (sim, você leu certo). Mas a pergunta que não quer calar: até quando vão precisar se virar sozinhos?

No meio do caos, uma coisa é certa: Samambaia merece mais que isso. E os comerciantes, também.