
Não dá pra acreditar como uma ida à padaria pode virar pesadelo. Foi o que aconteceu com um militar da Base Aérea de Anápolis, que perdeu a vida neste domingo (3) ao reagir a um assalto. A cena — caótica, como relatam testemunhas — se desenrolou num piscar de olhos, mas as consequências vão durar uma vida inteira.
Segundo informações apuradas, o militar estava desarmado quando dois criminosos invadiram o estabelecimento. "Ele tentou impedir o roubo, mas...", conta um funcionário que preferiu não se identificar. O que se sabe é que houve troca de tiros, e o militar não resistiu. A polícia corre atrás de pistas, mas até agora, nada concreto.
Reação em cadeia
Anápolis não é mais a mesma desde o ocorrido. Nas redes sociais, a comoção é geral — de colegas de farda a moradores que nem o conheciam. "Isso aqui tá virando terra sem lei", desabafa uma cliente frequente da padaria, ainda tremendo ao lembrar do barulho dos disparos.
E não é pra menos. Só neste ano, já são 12 casos de resistência seguida de morte na região. Os números, que parecem saídos de um roteiro de filme policial, mostram uma realidade cada vez mais cruel. A pergunta que fica: até quando?
O outro lado da moeda
Enquanto isso, a Base Aérea se prepara para as homenagens. "Era um dos nossos melhores", comenta um superior, visivelmente abalado. Já a família — ah, a família — recebe visitas num silêncio que dói nos ossos.
Curiosamente (ou não), a padaria reabriu hoje cedo. "A vida continua", justifica o dono, enquanto arruma as prateleiras com mãos trêmulas. Do sangue no chão, só restou uma mancha mal lavada e um monte de perguntas sem resposta.