Médica sobrevive a ataque brutal de 10 cães e relata trauma: 'Parecia um pesadelo'
Médica sobrevive a ataque brutal de 10 cães em Brasília

Imagine caminhar tranquilamente pela rua quando, de repente, você se vê cercado por uma matilha de dez cães furiosos. Foi exatamente isso que aconteceu com a médica Ana Lúcia (nome fictício para preservar a identidade), que ainda treme ao lembrar daquele dia.

— Foi como estar dentro de um filme de terror, sabe? — desabafa ela, com a voz ainda embargada. — Eles vinham de todos os lados, latindo, rosnando... Meu corpo inteiro congelou.

O pesadelo que virou realidade

Era uma terça-feira comum, por volta das 19h, quando Ana saía do trabalho no Plano Piloto. O que deveria ser um trajeto de 10 minutos até o ponto de ônibus transformou-se em cena de pesadelo. Os animais — mistura de pitbulls com vira-latas — avançaram sem aviso.

— Um me mordeu a perna, outro pulou nas minhas costas — conta, mostrando as cicatrizes que ainda carrega. — Gritei tanto que perdi a voz. Parecia que iam me despedaçar.

O resgate improvável

Eis que surge um herói inesperado: um motoboy que passava pelo local. Armado apenas com um pedaço de madeira, ele dispersou os animais enquanto ligava para o SAMU.

— Aquele anjo salvou minha vida — emociona-se Ana. — Se não fosse ele... Bom, prefiro nem pensar.

As sequelas invisíveis

Passados dois anos, as feridas físicas cicatrizaram. Mas o trauma? Ah, esse ainda assombra.

  • Não consigo ver um cachorro sem tremer
  • Desenvolvi insônia crônica
  • Faço terapia três vezes por semana

— Meus colegas dizem que exagero, mas quem nunca passou por isso não entende — defende-se, ajustando os óculos. — É como se meu cérebro tivesse gravado cada segundo.

Alerta para as autoridades

O caso levanta questões sobre o controle de animais abandonados na capital federal. Segundo dados da Vigilância Ambiental, somente este ano já foram registrados 47 ataques similares.

— Cadê as políticas públicas? — questiona Ana, agora com voz firme. — Poderia ter morrido. E amanhã pode ser outra pessoa.

Enquanto isso, ela segue reconstruindo sua vida — um dia de cada vez, como costuma dizer. Com coragem de sobra e histórias que, infelizmente, não saem tão facilmente da memória.