
O que leva alguém a cometer um ato tão brutal? Essa foi a pergunta que ecoou pelas ruas de Guaíba, no Rio Grande do Sul, após um idoso de 70 anos ser preso por um crime que deixou até os policiais de cara. O homem, cujo nome não foi divulgado, mutilou uma cadela indefesa — cortou as patas do animal como se fosse algo banal.
Segundo testemunhas, a cena era de partir o coração. A cadela, uma vira-lata de aproximadamente 3 anos, foi encontrada sangrando e desesperada. "Parecia que ela entendia que não voltaria a andar", contou uma vizinha, ainda tremendo de raça. O caso veio à tona depois que outros moradores ouviram os gritos do animal e chamaram a polícia.
Ação rápida, mas tarde demais
Quando os agentes chegaram, o idoso — que morava sozinho e já era conhecido por reclamações de maus-tratos — não negou o que fez. "Ele estava calmo, como se tivesse apenas podado um arbusto", relatou um dos PMs. A cadela foi resgatada às pressas, mas os veterinários afirmam que as lesões são irreversíveis. Agora, ela depende de próteses ou cadeira de rodas especializada.
O que mais chocou:
- A frieza do acusado — nem um pingo de remorso
- Ferramentas caseiras usadas como "instrumentos de tortura"
- O silêncio da vizinhança até o ápice da barbaridade
Pela lei brasileira, maus-tratos contra animais é crime inafiançável (Lei 14.064/20). O idoso responderá por crueldade e pode pegar até 5 anos de cadeia. Mas aqui vai um questionamento: será que a punição é proporcional ao sofrimento causado? Enquanto isso, ONGs se mobilizam para custear o tratamento da cadela, batizada de "Valente" pelos veterinários.
"Casos assim mostram o pior do ser humano", dispara a delegada responsável. "Mas também revelam a solidariedade de quem se mobiliza para ajudar." A cadela, que deveria estar brincando em algum quintal, agora simboliza tanto a crueldade quanto a resistência.