
Não foi uma noite qualquer no bairro Cambará. O que começou como um sábado tranquilo terminou em puro horror por volta das 22h30 – e olha que nem tão tarde assim. Um rapaz, cuja identidade ainda não foi divulgada (a gente sabe como a polícia é cautelosa com esses detalhes), foi encontrado sem vida. E não foi um acidente, não. Alguém apontou uma arma para a cabeça dele e puxou o gatilho. Frio, calculista.
Segundo as primeiras informações – e aqui a coisa sempre fica um pouco confusa –, a vítima estava simplesmente andando pela Rua das Arapongas quando o ataque aconteceu. Nada de confusão anterior, nenhum barulho que chamasse atenção. Só o estampido seco do disparo, quebrando o silêncio da noite.
Quem chegou primeiro no local, claro, foram os bombeiros. Mas, francamente, o que iam fazer? Diante de um ferimento tão grave, na cabeça… não houve nem chance de socorro. Era tarde demais. Eles apenas confirmaram o óbito, aquela triste formalidade que encerra uma vida.
E agora? Agora começa a parte mais difícil. A Polícia Civil já foi acionada e deve iniciar as investigações – ou melhor, já iniciou. O que se pergunta é: motivação? Briga? Ajuste de contas? Acerto criminal? Tudo são hipóteses, mas nenhuma resposta. A perícia vai trabalhar no local, procurando por câmeras, testemunhas, qualquer coisa que possa dar uma pista. Alguém viu algo? Alguém ouviu? Num bairro residencial, é difícil ninguém ter percebido.
O que sobra é uma comunidade assustada. Mais um jovem perdido para a violência, que insiste em não dar trégua. Boa Vista está mesmo se tornando perigosa? A pergunta fica no ar, junto com o luto de uma família que, nesse momento, deve estar vivendo o pior pesadelo possível.