Feira de Santana entra no top 10 das cidades mais violentas do Brasil: o que está por trás dos números?
Feira de Santana entre as 10 cidades mais violentas do Brasil

Não é novidade que a violência assombra muitas cidades brasileiras, mas ver Feira de Santana figurando entre as dez mais perigosas do país — isso dá um nó no estômago. Segundo os últimos levantamentos, a cidade baiana ocupa agora o 10º lugar nesse triste ranking, um cenário que deixou muita gente de cabelo em pé.

Os números que ninguém quer bater

Pois é. Enquanto alguns lugares respiram alívio com quedas nos índices, Feira parece nadar contra a corrente. Os homicídios dolosos — aqueles de propósito, pra quem não é do direito — continuam teimando em subir, junto com roubos a mão armada que viram rotina em certos bairros. E olha que nem estamos falando de arrastões ou sequestros, que também dão as caras de vez em quando.

"Aqui virou terra sem lei", desabafa uma comerciante do centro, que prefere não se identificar. "Antes eu fechava minha loja às 19h, hoje não arrisco passar das 17h." Situação parecida vive um mototaxista: "Cada corrida é uma roleta-russa. Já perdi três colegas esse ano."

O que explica essa escalada?

  • Fronteiras porosas: Localizada no entroncamento de rodovias importantes, a cidade virou corredor para facções
  • Falta de efetivo: A Polícia Militar alega precisar de pelo menos 30% a mais de homens nas ruas
  • Briga de gangues: Pelo menos três organizações criminosas disputam território na região metropolitana
  • Desemprego jovem: Taxas altíssimas entre menores de 25 anos criam terreno fértil para o crime

E não adianta botar a culpa só na polícia — embora muita gente faça isso. O problema é complexo como novelão das nove: envolve desde escolas superlotadas até postos de saúde que não dão conta. Sem falar naquela velha história de promessas não cumpridas (você sabe, aquelas de campanha eleitoral).

E agora, José?

Enquanto isso, na vida real, o cidadão comum inventa mil jeitos de se proteger. Alguns bairros viraram fortalezas, com grades altas e câmeras por todo lado. Outros criaram grupos de WhatsApp para alertas rápidos — meio eficiente, mas que também espalha pânico às vezes.

O poder público jura que está agindo. Tem operação aqui, programa acolá... Só que, entre o discurso e a rua, existe um abismo que ninguém ainda conseguiu atravessar. Será que 2025 vai ser o ano da virada? Difícil acreditar, mas torcer a gente sempre pode.