Tragédia em Salvador: Criança de 10 anos é atingida por tiro enquanto brincava de empinar pipa
Criança baleada ao empinar pipa em Salvador

Era pra ser mais uma tarde comum de férias escolares. O céu azul de Salvador, aquela brisa morna típica de agosto, e um grupo de crianças correndo atrás de pipas coloridas. Mas a vida tem dessas reviravoltas brutais — num piscar de olhos, o riso virou grito, a brincadeira se transformou em cena de terror.

Por volta das 16h desta quarta-feira (4), um disparo de arma de fogo — desses que a gente só espera ouvir em filme — atingiu a coxa direita do garoto. O menino, que nem completou 11 anos, estava no bairro de São Cristóvão, zona norte da capital baiana, quando a bala perdida decidiu fazer dele mais uma vítima da violência que não escolhe idade.

O que se sabe até agora

Segundo testemunhas (e aqui a voz delas tremia ao contar), o tiro veio de algum lugar indeterminado. Ninguém viu o atirador. Ninguém sabe explicar direito de onde partiu o disparo. Só o estampido seco e depois o choro da criança no chão, com a calça jeans manchando de vermelho.

Os amigos, todos na mesma faixa etária, ficaram em choque. Alguns correram para chamar ajuda, outros congelaram no lugar — quem pode culpá-los? São crianças, pelo amor de Deus!

  • O SAMU foi acionado rapidamente
  • A vítima foi levada para o Hospital Geral do Estado
  • Médicos afirmam que o estado de saúde é estável

A Delegacia de Repressão a Crimes contra a Vida (DEVC) já abriu inquérito para investigar o caso. Mas vamos combinar: quantos desses inquéritos realmente chegam a algum lugar? A família do menino — trabalhadores honestos, segundo os vizinhos — está desesperada por respostas que talvez nunca venham.

O retrato de uma cidade sitiada

Salvador não é novata nesse tipo de tragédia. Só neste ano, quantas balas perdidas já ceifaram vidas ou marcaram para sempre famílias inteiras? A sensação é de que a cidade virou um campo minado, onde até as brincadeiras mais inocentes podem terminar em tragédia.

Enquanto isso, os políticos — esses mesmos que adoram aparecer em inauguração de obra — continuam batendo no peito com discursos vazios sobre segurança pública. Cadê as ações concretas? Cadê os investimentos em inteligência policial? Perguntas que ecoam nas ruas de São Cristóvão e em tantos outros bairros periféricos.

O caso da criança baleada enquanto empinava pipa é só mais um capítulo triste dessa história sem fim. Até quando?