
Era para ser mais uma entrega rotineira de carne no Rio, mas o que se viu foi um verdadeiro festival de caos. Um caminhão — cheio até a tampa com cortes bovinos — virou alvo de uma multidão esfomeada na Zona Norte. Nem deu tempo do motorista entender o que acontecia.
Parece cena de filme apocalíptico, mas foi bem real: gente pulando na carroceria, cortando embalagens a facão, brigando por pedaços de picanha como se não houvesse amanhã. Alguns até usavam carrinhos de supermercado pra carregar o "butim".
O que diabos aconteceu?
Segundo testemunhas (e os vídeos que não param de circular), tudo começou quando o veículo ficou parado num semáforo. Aí foi questão de minutos. Primeiro vieram os curiosos. Depois, os oportunistas. Quando viu, já era — uma horda de pessoas transformou o local numa feira livre ilegal.
"Nunca vi nada igual", contou um vendedor ambulante que preferiu não se identificar. "Parecia enxame de abelha em panela de mel. Até criança tava levando linguiça embaixo do braço."
E as autoridades?
Boa pergunta. A PM chegou só quando já não tinha mais carne pra ninguém — literalmente. Os policiais fizeram o que podiam (ou não podiam), mas a situação já estava fora de controle. Restou apreender o caminhão vazio e colher depoimentos.
O dono do veículo, um distribuidor de Jacarepaguá, deve ter perdido uns R$ 200 mil em mercadoria. E adivinha? Nenhum seguro cobre "saque popular". Vai ter que engolir o prejuízo — ou melhor, já engoliu.
Nas redes, o debate esquenta: uns chamam de "crime organizado", outros de "ato de desespero". Enquanto isso, no grupo de WhatsApp da região, já rola até piada: "Churrasco comunitário hoje, todo mundo convidado!". Difícil não ver um tanto de tragédia e outro tanto de comédia nisso tudo.