Vítima de agressão policial relata medo e diz que PMs rondam região: 'Não me sinto seguro'
Vítima de PMs teme voltar para casa após agressão

Era um dia como qualquer outro quando tudo virou de cabeça para baixo. O que começou como uma simples caminhada pelo bairro terminou em pesadelo — e o pior? A sensação de que isso pode se repetir a qualquer momento.

"Eles chegaram como se eu fosse um bandido perigoso", conta o homem, que prefere não se identificar. "Só porque eu estava no lugar errado, na hora errada." Os policiais militares, segundo ele, agiram com força desproporcional. "Parecia que estavam caçando alguém, e eu virei o alvo."

O depois da agressão

Depois do ocorrido, o medo virou companheiro constante. "Não consigo nem pensar em voltar para casa direito", desabafa. "Os mesmos PMs continuam rondando a região como se nada tivesse acontecido."

E não é só impressão. Vizinhos confirmam ter visto as mesmas viaturas passando repetidamente pelo local, em horários variados. "É intimidação pura", opina uma moradora que também não quis se identificar. "Querem mostrar que estão no controle."

Entre a denúncia e o receio

O caso foi registrado, mas a sensação de impunidade pesa. "Fiz o boletim de ocorrência, mas e daí?", questiona a vítima. "Quem garante que isso não vai acontecer de novo amanhã?"

Especialistas em segurança pública ouvidos pelo noticiário destacam que situações como essa corroem a já frágil relação entre população e forças de segurança. "Quando o protetor vira algoz, a sociedade perde o chão", analisa um deles.

Enquanto isso, o agredido segue sua vida — se é que se pode chamar assim — olhando por cima do ombro a cada esquina. "Vivo como um refugiado no meu próprio bairro", lamenta. E o pior? Ninguém pode garantir que ele está exagerando.