Era pra ser mais uma segunda-feira comum nas ruas movimentadas de Maceió. O sol castigava, o trânsito caótico de sempre, e os motoboys fazendo seu trabalho sob o calor alagoano. Mas tudo mudou em segundos – e a cena foi capturada em video.
Um agente da Polícia Civil, supostamente realizando uma abordagem de rotina, perde completamente a linha. Totalmente descontrolado, ele parte para a agressão física contra um motoboy que estava no chão, aparentemente já imobilizado. Não foram socos, não foram golpes – foram tapas repetidos no rosto, com uma raiva que chocou quem presenciou a cena.
O abuso de autoridade em imagens
O vídeo, que circula nas redes sociais desde segunda-feira (1º de setembro), é difícil de assistir. Mostra claramente o policial usando força excessiva contra um cidadão que não oferecia resistência. A situação toda parece um daqueles pesadelos que a gente espera nunca testemunhar.
E o pior? Isso aconteceu em plena luz do dia, em via pública, como se não houvesse consequências. O motoboy, visivelmente assustado, tentava se proteger enquanto recebia as palmadas no rosto. Uma humilhação pública, além da agressão física.
O que diz a corporação?
A Polícia Civil de Alagoas já se manifestou – diz que "tomou conhecimento do fato" e que "instaurou procedimento para apurar a conduta do agente". Legalês para dizer que vão investigar o próprio. A população, claro, está cansada de promessas vazias.
Todo mundo se pergunta: quantos casos assim acontecem sem serem filmados? Quantos abusos ficam impunes porque não há uma câmera por perto?
O caso escancara, mais uma vez, a velha ferida da violência policial no Brasil. Não é sobre justiceiros, não é sobre bandido bom é bandido morto – é sobre um profissional que deveria proteger e servir, mas que escolheu humilhar e agredir.
Enquanto isso, o motoboy deve estar lidando com as consequências. O trauma psicológico, possíveis lesões, e o medo de simplesmente fazer seu trabalho. Tudo porque um policial decidiu que a lei não valia para ele.
