
O caso que chocou São Paulo em 2023 finalmente teve um desfecho judicial nesta segunda-feira (29). Dois PMs foram transformados em réus por homicídio doloso — e olha que a cena foi filmada, o que deixou pouca margem para dúvidas.
O que aconteceu? Naquele 29 de julho, um jovem de 24 anos — que, pasmem, estava com as mãos para cima — levou três tiros à queima-roupa. O local? A comunidade de Paraisópolis, zona sul da capital. Os policiais alegaram legítima defesa, mas o vídeo... bem, o vídeo contava outra história.
Os detalhes que mudam tudo
Segundo testemunhas — e as imagens não mentem —, o rapaz já estava imobilizado quando os disparos aconteceram. "Foi execução pura", disse uma moradora que preferiu não se identificar. O Ministério Público concordou: "Não houve qualquer provocação ou resistência".
O juiz não teve dúvidas ao analisar as provas:
- Vídeos mostram o jovem rendido antes dos tiros
- Nenhuma arma foi encontrada com a vítima
- Os PMs alteraram seus depoimentos ao menos três vezes
E aí? Dois anos depois, a Justiça finalmente colocou os pingos nos is. A defesa dos policiais já anunciou recurso — porque é claro que iria —, mas a decisão foi comemorada por ativistas de direitos humanos.
O outro lado da moeda
Os advogados dos PMs insistem que seus clientes agiram "sob forte emoção" durante uma operação perigosa. Só que... operação? Testemunhas afirmam que os policiais estavam de folga e entraram na comunidade sem autorização. Conveniente, não?
O caso reacendeu um debate antigo em São Paulo:
- O uso excessivo da força por PMs em comunidades
- A lentidão da Justiça em casos de violência policial
- A falta de câmeras corporais em operações
Para a família da vítima, a decisão judicial foi "um alívio tardio". "Agora esperamos que a pena seja proporcional ao crime", disse o irmão do jovem, visivelmente emocionado.