
As cenas são de cortar o coração — e o estômago. Uma filmagem vazada, capturada pela câmera corporal de um PM, mostra o exato instante em que um suspeito, já rendido e sem condições de reagir, é executado a queima-roupa na Zona Leste de São Paulo. O vídeo, que circula em grupos de WhatsApp desde ontem à noite, já é considerado a prova mais contundente de violência policial neste ano.
Segundo testemunhas (que preferiram não se identificar, claro), o rapaz — um entregador de 22 anos — teria sido confundido com um assaltante. "Ele tava de moto, igual o ladrão que tinha roubado uma loja ali perto", conta um morador, ainda visivelmente abalado. "Mas quando os PM chegaram, o menino já tava no chão, de braço aberto. Não fez sentido."
O que as imagens mostram?
Nos frames mais chocantes, vê-se:
- O suspeito deitado de bruços, com as mãos para trás (como se já estivesse algemado)
- Dois policiais em pé, um deles com a arma ainda apontada
- O disparo — único, certeiro — na altura da cabeça
Detalhe macabro: segundo o laudo preliminar, o projétil entrou pela nuca e saiu pelo olho direito. "Foi tiro de quem sabe onde acertar", comentou um perito criminal que pediu anonimato. "Isso não é 'auto de resistência', é assassinato puro."
E agora?
A Corregedoria da PM prometeu investigar — como sempre promete. Mas nas ruas do bairro, a revolta é palpável. "Todo dia é um coitado que vira estatística", desabafa uma comerciante, enquanto arruma balas de gengibre no balcão. "Se fosse filho de rico, tava todo mundo falando."
Enquanto isso, nas redes sociais, o caso já rende memes ácidos e protestos virtuais. #JustiçaPraEle trendou no Twitter por horas, até mysteriosamente sumir dos assuntos mais comentados. Coincidência? Difícil acreditar.