
Não é todo dia que um vídeo choca tanto a ponto de virar combustível para debates acalorados nas redes sociais. Mas foi exatamente isso o que aconteceu depois que imagens de um motoboy sendo agredido por policiais militares na Zona Oeste de São Paulo começaram a circular na internet. A cena, de cortar o coração, mostra o jovem — que preferiu não se identificar — sendo subjugado de forma desproporcional durante uma abordagem.
A Ouvidoria da Polícia Militar, pressionada pela comoção pública, não teve escolha a não ser abrir uma investigação para apurar o caso. E olha, não vai ser um processo rápido — esses things nunca são. Segundo fontes próximas ao caso, os PMs envolvidos já foram identificados e podem responder por excesso de força, além de possível conduta discriminatória.
"Foi como se eu fosse um criminoso", desabafa vítima
O motoboy, que trabalha na região há três anos, contou em entrevista exclusiva que a abordagem começou com uma simples infração de trânsito. "Do nada, dois policiais me cercaram e começaram a gritar. Quando tentei explicar, um deles me empurrou com tanta força que caí no chão", relata, ainda visivelmente abalado. O pior? Testemunhas confirmam que ele não reagiu — apenas tentou se proteger dos golpes.
Especialistas em segurança pública já estão de olho no caso. "Quando a população perde a confiança na polícia, todo o sistema de segurança desmorona", alerta o professor Carlos Mendes, da USP. Ele lembra que casos assim mancham a imagem de milhares de policiais que trabalham corretamente.
O que diz a lei?
- Abuso de autoridade pode render de 1 a 4 anos de prisão
- Vítimas têm direito a indenização por danos morais
- PMs podem ser afastados durante as investigações
Enquanto isso, nas ruas do bairro onde tudo aconteceu, o clima é de tensão. Moradores relatam medo de novas abordagens violentas, e alguns comerciantes já pensam em fechar as portas mais cedo. "A gente quer paz, não guerra", desabafa uma dona de casa que preferiu não se identificar.
A PM prometeu transparência no caso, mas sabe-se lá quanto tempo vai levar até termos respostas concretas. Enquanto isso, o motoboy segue traumatizado — e São Paulo, mais uma vez, se pergunta: até quando?