Jovem é morto por PM de folga após invadir residência em Campo Maior: tragédia que choca o Piauí
Jovem morto por PM de folga em Campo Maior (PI)

Uma noite que começou como qualquer outra terminou em tragédia em Campo Maior, no Piauí. Na última sexta-feira (25), um jovem de 22 anos — cuja identidade ainda não foi divulgada — perdeu a vida após ser atingido por disparos efetuados por um policial militar que estava de folga. O caso, que já virou assunto nos botecos e nas redes sociais da cidade, tem detalhes que deixam qualquer um com a pulga atrás da orelha.

Segundo relatos de testemunhas (que preferiram não se identificar, claro), o rapaz teria escalado o muro da casa de uma vizinha por volta das 23h. Motivo? Aí já é especulação — uns dizem que foi tentativa de roubo, outros falam em briga de vizinhança. O certo é que o PM, que morava nas redondezas, ouviu o barulho e foi ver o que era. E não deu outra.

O que se sabe até agora

O policial, um veterano com mais de 15 anos de corporação, alega ter agido em legítima defesa. "Ele viu o sujeito pulando o muro, gritou pra ele parar, e quando o jovem avançou em sua direção, atirou", contou um colega de trabalho que pediu anonimato. Dois tiros no peito — e aí já viu, né? O SAMU chegou rapidinho, mas não teve jeito.

A delegada responsável pelo caso, Drª Fernanda Lopes, foi cautelosa ao falar com a imprensa: "Estamos apurando todos os ângulos. O policial está sendo ouvido, as câmeras da região estão sendo analisadas, e a perícia vai nos dar mais detalhes". Enquanto isso, a família do jovem morto se recusa a acreditar na versão do PM. "Meu filho não era bandido", desabafou a mãe, entre lágrimas, para nossos repórteres.

Repercussão e números que assustam

Esse não é o primeiro caso do tipo no estado só este ano. Dados da Secretaria de Segurança mostram que, em 2025, já foram registrados 18 "autos de resistência" envolvendo PMs — um aumento de 30% em relação ao mesmo período de 2024. Especialistas em segurança pública estão com a corda no pescoço: "Precisamos urgentemente rever os protocolos de ação, especialmente quando o policial está fora de serviço", disparou o sociólogo Carlos Mendes, da UFPI.

Enquanto a Justiça não se pronuncia, a cidade fica dividida. De um lado, os que defendem o policial ("trabalho perigoso", "fez o que tinha que fazer"). Do outro, quem questiona o excesso ("onde já se viu atirar pra matar por invasão de propriedade?"). E no meio, uma família de luto e uma comunidade que só quer uma coisa: respostas.