
Não deu tempo de reagir. Num piscar de olhos, o que parecia uma abordagem rotineira virou cena de filme de ação no coração do Catolé. Homens fardados, armas em punho, e um suspeito que preferiu o confronto à rendição.
Segundo relatos de vizinhos — aqueles que ainda tinham coragem de espiar pelas frestas das janelas —, tudo começou por volta das 15h, quando uma equipe da PM chegou investigando denúncias de tráfico. O alvo? Um indivíduo com histórico na ficha corrida, que ao ser abordado, simplesmente... sacou.
O que as testemunhas dizem
"Foi rápido demais, parecia um estouro de rojão", conta Dona Maria, dona de uma banca de revistas próxima. Ela, que já viu de tudo nesses 30 anos no bairro, garante: "Nunca vi tiro tão cerrado. Parecia guerra".
Outros moradores, preferindo não se identificar, falam em pelo menos 20 disparos. A PM, é claro, não confirma números — mas admite que houve "resistência seguida de repulsa imediata". Traduzindo: o cara atirou primeiro.
O desfecho trágico
Quando a poeira baixou, restou no asfalto um homem de aproximadamente 35 anos, sem documentos. Nada de celular, nada de identidade. Só o revólver calibre 38 ao lado do corpo — e um rastro de perguntas sem resposta.
A perícia chegou rápido, mas os técnicos pareciam tão perdidos quanto os repórteres. "É cedo pra dizer se ele acertou algum policial", resmungou um deles, enquanto recolhia cápsulas douradas que brilhavam sob o sol da tarde.
E agora?
O caso já virou mais um número nas estatísticas da Secretaria de Segurança. Enquanto isso, no Catolé:
- Crianças que deveriam estar na escola viram cena de crime antes da lição de casa
- Comerciantes fecharam as portas mais cedo — "melhor perder vendas que a vida", justificou um
- A PM promete "reforço no patrulhamento", como sempre promete
O IML levou o corpo. As câmeras de segurança do comércio local devem ser vistoriadas. E Campina Grande? Segue sua rotina de cidade grande com problemas de metrópole.