
O Rio viveu uma sequência aterradora de violência nesta madrugada — duas execuções de policiais militares em menos de meio dia. A sensação é de que a guerra urbana escalou para um patamar sinistro.
Primeiro foi o cabo Leonardo Brito, 31 anos. Imagine só: dentro da própria viatura, estacionada na Rua São Miguel, em Ricardo de Albuquerque, por volta das 22h30 de domingo. Dois carros chegaram, vários disparos — e o silêncio pesado depois. Ele ainda foi levado pro Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiu. Trinta e um anos. Uma carreira inteira pela frente, interrompida brutalmente.
E como se não bastasse, outra tragédia — dessa vez no Morro do Adeus, no Complexo do Alemão, por volta das 8h desta segunda. O soldado Matheus Almeida, 27 anos, em uma abordagem de rotina que se transformou em armadilha. Dois homens armados, mais tiros. Matheus não teve chance. Foi socorrido, mas morreu a caminho do hospital.
O que está por trás disso?
Ninguém diz oficialmente, é claro — mas todo mundo que acompanha o noticiário carioca sabe: cheira a ação coordenada. Dois policiais, duas regiões, menos de 12 horas de diferença. Isso não é coincidência; é mensagem.
E as reações? A comoção dentro da corporação é enorme. O comando da PM já se pronunciou — fala em "luto" e "repúdio", é claro — e promete investigação. Mas nas ruas, o clima é de tensão. Medo, mesmo.
E aí você para e pensa: onde vamos parar? Se nem quem deveria garantir a nossa segurança está seguro, o que sobra pra gente? Dois homens, dois uniformes, duas histórias interrompidas pela barbárie. E o Rio, mais uma vez, mergulhado no luto e na perplexidade.
Os dois casos agora estão sob investigação da Delegacia de Homicídios da Capital. Mas investigar é uma coisa — conter essa onda assustadora de violência contra agentes do estado é outra completamente diferente.