
Os números são de cortar o coração — e o pior: estão crescendo. Em São José do Rio Preto, a Guarda Civil Municipal (GCM) registrou um aumento de 20% no atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica só no primeiro semestre deste ano. Parece que a cada dia que passa, mais corajosas rompem o silêncio. Ou será que a agressão está mesmo aumentando?
Dá pra acreditar? Enquanto a gente discute futebol e novela, tem gente apanhando dentro de casa. A GCM, que deveria estar cuidando do espaço público, virou quase um pronto-socorro emocional. E olha que eles nem têm treinamento específico pra isso — mas fazem o que podem, com o que têm.
Os dados que não mentem
Os relatórios oficiais mostram que:
- De janeiro a junho de 2024: 380 casos
- Mesmo período em 2025: 456 casos
- Isso dá exatamente 76 mulheres a mais sofrendo caladas
E sabe o que é pior? Esses são só os casos que chegaram até a GCM. Quantas não engolem o choro e o medo por aí?
Por que tanta violência?
Especialistas — esses que vivem nos gabinetes com ar-condicionado — falam em crise econômica, estresse pós-pandemia e sei lá mais o quê. Mas será que não é simplesmente falta de respeito mesmo? O delegado Antônio Carlos (aquele que sempre aparece na TV) soltou uma pérola: "Quando a educação não vem de casa, a justiça tem que entrar pela porta da frente". Bonito no papel, né?
A realidade é que as vítimas estão mais informadas — graças a Deus! — e sabem que podem contar com a GCM mesmo sem ser emergência. Mas cadê a estrutura pra isso? Os caras mal têm gás pra viatura...
O que está sendo feito?
A prefeitura prometeu (de novo!) um centro especializado. Enquanto isso, as guardas municipais viram psicólogas, assistentes sociais e até mães dessas mulheres. E olha que muitas nem querem registrar ocorrência — só um ombro amigo. Triste, não?
Se depender da Maria (nome fictício, claro), que atende os chamados há 15 anos, o problema é cultural: "Enquanto ensinarem que mulher é propriedade, vai ter marido achando que pode bater". Ninguém merece.
E você, o que acha? Será que a solução está na educação ou na punição? Ou nas duas coisas juntas? Enquanto não decidimos, as estatísticas continuam subindo...