
As câmeras de segurança espalhadas pelas ruas de Santos testemunharam uma cena que parecia comum, mas que escondia uma intenção das mais sombrias. Dois homens numa moto — um cenário tão rotineiro quanto assustador quando você descobre o que viria a seguir.
Era terça-feira, por volta das 18h30, quando as lentes capturaram a dupla se deslocando calmamente pelo bairro do Boqueirão. Nada na aparência deles — pelo menos não visível nas imagens — denunciava a missão macabra que estavam prestes a cumprir.
O que as imagens revelam
O vídeo, obtido com exclusividade pela polícia, mostra Eduardo da Silva Portugal, de apenas 20 anos, na garupa. À frente, guiando a moto, estava Matheus dos Santos Lima, 23 anos. Ambos pareciam tranquilos, talvez até despreocupados. Quem diria que minutos depois cometariam um assassinato brutal.
O destino? O encontro com Gabrielly Sales Novais, 23 anos. A jovem foi abordada a poucos metros de casa e executada com pelo menos oito tiros. O motivo? Terminar o relacionamento com Portugal não foi uma decisão que ele soube aceitar.
A trama que chocou a Baixada Santista
Segundo as investigações, Portugal não mediu esforços para vingar a rejeição. Contratou Lima — supostamente um assassino de aluguel — por meros R$ 2 mil para eliminar a ex-namorada. Um valor que revela como algumas pessoas precificam a vida humana de maneira absurdamente barata.
Os dois já estão atrás das grades, é claro. Presos preventivamente no CDP de Santos, aguardam o andamento processual enquanto a Justiça colhe mais provas. E que provas! As imagens são devastadoras para a defesa deles.
O caso escancara uma realidade perturbadora: a violência de gênero que persiste mesmo após o fim dos relacionamentos. Gabrielly fez o que muitas especialistas recomendam — terminou e se afastou — mas ainda assim foi perseguida e morta por ter dito "não".
Restam as lembranças de quem conhecia Gabrielly. Uma jovem cheia de planos, vida pela frente, tudo interrompido pela incapacidade alheia de lidar com um término. Enquanto isso, a família dela tenta reconstruir o que foi destruído naquele dia fatídico.
E as câmeras? Continuam lá, testemunhas silenciosas de histórias que preferiríamos não contar.