
Era pra ser uma noite comum no bairro Santa Maria da Codipe, zona leste de Teresina. Mas o que deveria ser rotina transformou-se num pesadelo de violência que deixou a vizinhança em choque. Por volta das 21h desta quinta-feira, um homem de 37 anos — cujo nome a polícia ainda mantém em sigilo — decidiu que uma garrafa de vidro seria sua arma contra a própria companheira.
Não foi um momento de fúria passageira. Foi algo calculado, cruel. Ele pegou a garrafa e partiu para cima da mulher, desferindo golpes sucessivos enquanto ela tentava, em vão, se proteger. A cena foi dantesca — vidro estilhaçando, gritos desesperados, e aquele silêncio ensurdecedor que só a violência extrema consegue produzir.
Quando a Polícia Militar chegou ao local, seguindo denúncias dos vizinhos assustados, encontrou a vítima ensanguentada e com múltiplos cortes profundos. O agressor, é claro, tentou fugir. Mas não deu tempo. Os PMs conseguiram imobilizá-lo e, ali mesmo, já perceberam: isso não era uma briga conjugal qualquer. Era tentativa de homicídio.
A mulher, cuja identidade também não foi divulgada, foi rapidamente levada para o Hospital de Urgência de Teresina. Seu estado é considerado grave, mas estável — milagre, considerando a brutalidade do ataque. Enquanto isso, o suspeito foi encaminhado para a 1ª Delegacia de Polícia Civil, onde a investigação segue a todo vapor.
Não foi a primeira vez
O que mais assusta nesses casos — e aqui a gente até hesita em escrever — é que dificilmente é a primeira agressão. Geralmente, é o ápice de uma série de violências que começam menores, quase invisíveis. Um grito aqui, um empurrão ali, até que a situação explode da pior maneira possível.
Os delegados responsáveis pelo caso já adiantaram: estão tratando o ocorrido como tentativa de feminicídio. Ou seja, crime cometido contra uma mulher pela simples condição de ser mulher. E isso, meus amigos, é inaceitável em qualquer circunstância.
O recado que fica
Enquanto a vítima se recupera no hospital — e torcemos muito por ela —, o agressor responde pelo ato covarde. A justiça precisa ser rápida e exemplar. Casos como esse não podem se repetir. E se você testemunhar situações de violência doméstica, não hesite: disque 180. Sua ligação pode salvar uma vida.