
Imagine você jantando tranquilamente num restaurante bacana de Belo Horizonte e, do nada, virar alvo de ódio gratuito. Foi exatamente o que aconteceu com o roteirista mineiro Rafael Costa na última segunda-feira. Tudo porque ele ousou usar uma camiseta com a imagem do presidente Lula.
O clima pesou logo quando um grupo em outra mesa começou a fazer comentários homofóbicos - Rafael é assumidamente gay. Mas não parou por aí. As provocações escalaram para ameaças diretas, do tipo "a gente vai te pegar na rua". Assustador, né?
O restaurante que virou palco de intolerância
O estabelecimiento envolvido é o conhecido Xapuri, no bairro Santa Tereza. Um lugar que sempre se vendeu como acolhedor e inclusivo. Ironia das grossas, não?
Rafael contou tudo nas redes sociais, e o post viralizou. Ele descreveu a sensação de medo genuíno, aquele frio na espinha que te percorre quando você percebe que a situação pode fugir totalmente do controle.
Repercussão e solidariedade
As reações não demoraram. Artistas, políticos e personalidades mineiras se manifestaram em apoio ao roteirista. O caso escancara como a polarização política tem servido de desculpa para ataques covardes.
O mais revoltante? Nenhum funcionário do restaurante interveio durante os ataques. Só depois que a situação já estava insustentável é que alguém se aproximou - e ainda assim sem tomar uma atitude firme.
Rafael já registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil. Ele quer justiça, claro, mas também espera que seu caso ajude a prevenir que outras pessoas passem por isso.
O Xapuri, pressionado pelas redes sociais, emitiu uma nota dizendo que repudia qualquer forma de discriminação. Mas será que basta? Você confiaria num lugar onde isso acontece e ninguém faz nada?
O caso tá longe de acabar. E serve como alerta: o discurso de ódio disfarçado de opinião política tá solto por aí, e pode chegar perto de você quando menos esperar.