Polícia encontra R$ 106 mil em apartamento de homem preso por maus-tratos à mãe idosa na Asa Sul
R$ 106 mil achados em casa de homem preso por maus-tratos

Numa cena que parece saída de um roteiro de filme policial, a Delegacia de Proteção ao Idoso (DPI) prendeu um homem de 60 anos na Asa Sul, em Brasília. O motivo? Maus-tratos contra a própria mãe, uma senhora de 86 anos que vivia com ele.

Mas a história não para por aí. Durante a busca no apartamento — um daqueles imóveis que você passa na rua e nem imagina o que acontece lá dentro —, os agentes se depararam com algo inesperado: R$ 106 mil em espécie, cuidadosamente guardados. Dinheiro vivo. Muito dinheiro.

"Ele dizia que ela estava atrapalhando a vida dele"

Segundo relatos, o filho alegava que a mãe "atrapalhava sua vida". Imagina só? Uma senhora de 86 anos, provavelmente criou esse homem, e agora é tratada como um estorvo. A vizinhança, aqueles que sempre sabem de tudo, contou que ouviam brigas constantes. Ninguém fez nada até agora — típico, não?

A denúncia partiu de um parente distante que resolveu visitar a idosa e ficou chocado com seu estado. Desnutrição, hematomas, condições precárias de higiene. O básico do básico negado.

O que faz um sujeito com R$ 106 mil em casa maltratar a própria mãe?

Essa é a pergunta que não quer calar. O dinheiro estava espalhado por gavetas, embaixo de colchões — como se fosse um pé-de-meia de filme de máfia. A polícia ainda investiga a origem, mas já adiantam: não parece ser fruto de atividades ilegais. Ou será?

  • A idosa foi encaminhada para abrigo especializado
  • O filho responderá por maus-tratos e pode pegar até 12 anos
  • O caso reacende debate sobre abandono de idosos no DF

Psicólogos ouvidos pela reportagem dizem que situações assim são mais comuns do que imaginamos. Filhos que se tornam cuidadores por obrigação e acabam descontando frustrações nos pais. Triste, muito triste.

Enquanto isso, o dinheiro apreendido vai para a justiça decidir. E a velhinha? Bem, pelo menos agora está em boas mãos. Resta saber quantas outras estão por aí, sofrendo em silêncio atrás de portas fechadas.