Pai é detido após agredir e abandonar filha autista em Piracicaba — Caso choca a cidade
Pai preso por agredir e abandonar filha autista em Piracicaba

Piracicaba ainda não se recuperou do choque. Na tarde de ontem, um homem — que deveria ser porto seguro — virou o pesadelo da própria filha. A polícia prendeu um pai acusado de espancar e, pasme, abandonar sua criança autista em um bairro residencial. A menina, de apenas 8 anos, foi encontrada por vizinhos chorando e com marcas de agressão.

Detalhes que cortam o coração: segundo testemunhas, a pequena estava descalça, com roupas sujas e arranhões visíveis nos braços. "Parecia um filme de terror, mas era a vida real", desabafou uma senhora que a acolheu primeiro. O Conselho Tutelar já está acompanhando o caso.

O que se sabe até agora

Eis como tudo aconteceu — ou pelo menos o que as investigações preliminares revelaram:

  • Por volta das 15h, moradores ouviram gritos vindos de uma casa simples na Vila Rezende
  • Minutos depois, viram a criança correndo sozinha, em pânico, pela rua de terra
  • O suspeito, de 32 anos, tentou fugir de moto mas foi interceptado pela PM

Curiosamente (ou tragicamente), o homem trabalhava como segurança em uma escola infantil. Ironia cruel, não? A delegada responsável pelo caso, Dra. Fernanda Lopes, foi enfática: "Isso não é apenas abandono — é tortura contra alguém em extrema vulnerabilidade".

Reações e desdobramentos

A internet pegou fogo. Nas redes sociais, pais de crianças autistas se manifestaram indignados. "Meu filho não fala, mas sente tudo. Como alguém consegue fazer isso?", questionou uma mãe no Facebook.

Enquanto isso, na Vara da Infância:

  1. A menina foi encaminhada para exames no Hospital dos Fornecedores de Cana
  2. A avó materna, que mora em Limeira, já foi localizada
  3. O pai responderá por maus-tratos e abandono de incapaz

Psicólogos alertam: casos assim deixam marcas profundas. "Crianças no espectro autista processam traumas de forma intensa", explica a Dra. Carla Mendonça, especialista em desenvolvimento infantil.

Piracicaba, cidade doce como seu caldo de cana, agora tem um gosto amargo na boca. Resta saber — a justiça será ágil como a fúria popular?