Padrastro acusado de envenenar jovem em São Bernardo contradiz versão em depoimento
Padrasto se contradiz em caso de envenenamento em SP

O caso que está deixando São Bernardo do Campo em estado de choque ganhou novos capítulos nesta terça-feira. E olha que não são bonitos — o padrasto da vítima, aquele mesmo que jurou inocência até cansar, parece ter se enrolado nas próprias mentiras durante o interrogatório.

Segundo fontes da delegacia — gente que tá lá vendo a fita desenrolar —, o sujeito mudou a versão pelo menos três vezes. Primeiro disse que a garota tinha ingerido acidentalmente. Depois, que era coisa da cabeça dela. Aí, quando confrontado com as provas, soltou um "não lembro" que nem adolescente pego colando na prova.

Os fatos que não batem

Acontece que o laudo toxicológico não mente: altas doses de chumbinho no organismo da jovem de 19 anos. E sabe o que é pior? O sujeito trabalhava como "faz-tudo" numa oficina mecânica — justamente o tipo de lugar onde esse veneno proibido costuma circular.

"Quando a história não fecha, é porque tem rato na farinha", comentou um dos investigadores, num daqueles ditados populares que caem como uma luva. A família, em choque, diz que nunca desconfiou — mas vizinhos relatam brigas constantes, daquelas que fazem as paredes tremerem.

O que diz a lei

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Enquanto isso, no hospital, a jovem segue lutando. Os médicos dizem que o quadro é grave, mas estável — se é que essas duas palavras podem viver juntas numa frase dessas. A mãe, entre lágrimas, pergunta o que mais poderia ter feito. A resposta, triste e dura, ecoa nos corredores da delegacia: às vezes, o perigo mora mesmo é em casa.