OAB SP Lança Projeto Revolucionário de Atendimento Jurídico para Vítimas de Violência Doméstica
OAB SP: Atendimento jurídico gratuito para mulheres agredidas

Imagine ter que enfrentar a justiça sozinha, sem um tostão no bolso, depois de sofrer agressões dentro da própria casa. Pois é, essa realidade cruel está com os dias contados para muitas paulistanas.

A OAB São Paulo acaba de botar o pé na estrada com um projeto que — francamente — deveria existir há décadas. O 'Núcleo de Atendimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar' não é só mais uma iniciativa bonitinha no papel. É coisa séria, com atendimento presencial e, olha só, totalmente gratuito.

Como Funciona na Prática?

Duas vezes por semana, às terças e quintas, a sede da OAB na Praça da Sé vira um porto seguro. Das 13h às 17h, qualquer mulher que esteja apanhando — literal ou figurativamente — pode chegar lá e ser atendida por advogados voluntários. E não é só conversa fiada: eles orientam, encaminham para delegacias especializadas e ainda ajudam a conseguir medidas protetivas.

O presidente da OAB SP, Luiz Eduardo Ullmann, soltou o verbo: "A violência doméstica é uma chaga na nossa sociedade". E completou, com razão, que muitas mulheres não denunciam justamente por medo ou falta de grana para advogado. Agora, essa barreira caiu feito um castelo de cartas.

Números que Doem

São Paulo registrou mais de 170 mil casos de violência doméstica só no primeiro semestre deste ano. Cento e setenta mil! Dá até vertigo pensar nisso. E pasmem: 10 mil foram só na capital. São números assustadores, que mostram como iniciativas como essa são urgentes — pra não dizer emergenciais.

A advogada Renata Braz, que tá na linha de frente do projeto, foi direta: "Muitas mulheres chegam aqui sem saber nem por onde começar. Nosso papel é mostrar que elas não estão sozinhas nessa batalha". E que batalha, hein?

Além do Jurídico

O negócio vai além dos processos e papéis carimbados. O projeto também oferece suporte psicológico e social — porque, convenhamos, curar as feridas da alma é tão importante quanto garantir a segurança física.

E tem mais: os atendimentos não se limitam à capital. A OAB já estuda expandir a iniciativa para o interior e litoral. Porque violência doméstica, infelizmente, não escolhe CEP.

Para acessar o serviço, é simples: basta comparecer à sede da OAB SP na Praça da Sé, 385, no Centro da capital, nos horários de funcionamento. Sem burocracia, sem letrinha miúda. Só chegar e pedir ajuda.

No fim das contas, projetos como esse mostram que — aos poucos — a sociedade vai acordando para essas mazelas. E que ninguém precisa enfrentar o inferno doméstico sozinho. Como diria minha avó: uma andorinha só não faz verão, mas um bando delas pode mudar o tempo.