
Era uma noite como qualquer outra no bairro Jardim Guanabara, em Goiânia — até que o silêncio foi quebrado por gritos desesperados. Aos 32 anos, Maria* (nome fictício para preservar a família), mãe dedicada de quatro crianças, teve sua vida interrompida de maneira brutal pelo homem que deveria protegê-la.
Segundo relatos da Polícia Civil, o crime aconteceu após uma discussão banal que escalou para o inaceitável. "Ele pegou uma faca de cozinha e desferiu golpes no pescoço e no tórax dela", contou um delegado que preferiu não se identificar. Detalhes que fazem até os investigadores mais experientes cerrarem os punhos.
O desfecho trágico
Quando os vizinhos — acordados pelos berros — chamaram a PM, já era tarde. O suspeito, um homem de 35 anos cujo nome não foi divulgado, tentou fugir, mas foi pego a poucos quarteirões dali, com as roupas ainda manchadas de sangue. "Confessou na hora, sem mostrar um pingo de remorso", relatou um dos policiais.
As crianças, entre 5 e 12 anos, estavam em casa durante o crime. Imagina o trauma? A mais velha, segundo fontes, foi quem ligou para a avó aos prantos: "Mamãe não está acordando!". Um detalhe que arranca lágrimas até de quem está por trás desta reportagem.
Histórico perturbador
- O casal já tinha passagens por brigas domésticas
- Vizinhos ouviam discussões frequentes
- Ela nunca formalizou boletim de ocorrência
E aqui vem aquela pergunta que não quer calar: quantas Marias precisam morrer antes que a gente leve a sério os sinais? O suspeito agora responde por feminicídio — crime que, só em Goiás, já tirou 37 vidas este ano. Trinta e sete histórias interrompidas, trinta e sete famílias despedaçadas.
Os pequenos foram encaminhados para a casa de parentes. Enquanto isso, no Fórum de Goiânia, o juiz negou pedido de liberdade do acusado. Mas convenhamos: nenhuma sentença vai devolver aquelas crianças à mãe que elas perderam numa noite de julho.