
O que era para ser uma discussão sobre despejo se transformou num pesadelo de fogo e medo em Minas Gerais. Duas mulheres — uma de 23 anos, outra de 32 — terminaram com queimaduras graves depois de ficarem presas dentro de uma casa em chamas. E acreditem: a pessoa que trancou a porta por fora era justamente a locatária do imóvel.
A coisa toda aconteceu numa sexta-feira aparentemente normal, por volta das 14h, mas rapidamente descambou para o caos. Segundo as vítimas, a proprietária chegou exigindo que elas desocupassem a casa — e aí, quando se recusaram, a situação escalou para algo saído de um filme de terror.
"Ela simplesmente trancou a gente lá dentro e ateou fogo", conta uma das sobreviventes, ainda abalada. "A gente gritou, pediu ajuda, mas o fogo se espalhou rápido demais."
Duas versões, uma tragédia
Enquanto as mulheres apontam o dedo para a locatária, acusando-a de tentativa de homicídio, a defesa dela jura de pés juntos que foi tudo um acidente. Dizem que a proprietária estava queimando lixo no quintal — algo comum, mas potencialmente perigoso — e que o fogo simplesmente fugiu do controle.
Mas as vítimas não compram essa história. Afirmam que a mulher não apenas trancou a porta por fora como impediu que elas saíssem enquanto as chamas avançavam. Um detalhe macabro que muda tudo.
Os bombeiros chegaram a tempo de resgatar as duas, mas não sem consequências: queimaduras significativas, especialmente na mais jovem, que agora enfrenta um longo recovery médico e emocional.
O que diz a lei?
O caso já está nas mãos da polícia, e a locatária foi detida — primeiro por lesão corporal, mas a investigação pode mudar isso para algo muito mais sério. Afinal, trancar alguém numa casa em chamas não é exatamente um "acidente", não é?
Despejos ilegais são comuns no Brasil, mas poucos casos chegam a esse nível de violência extrema. A questão agora é provar a intenção — e aí a justiça mineira vai ter que decifrar o que realmente se passou naquela sexta-feira catastrófica.
Enquanto isso, as duas mulheres se recuperam — física e psicologicamente — do dia em que uma discussão por moradia quase virou uma sentença de morte.