
Imagine a cena: uma mulher, sozinha, desesperada, com dores insuportáveis. Sangra. Seu próprio corpo rejeitando uma gravidez que não vingou. E o marido? Ah, esse preferiu virar as costas – literalmente.
Foi assim que aconteceu num bairro de São Luís, capital do Maranhão, na última semana. Enquanto a mulher passava pelo trauma físico e emocional de um aborto espontâneo, o companheiro – que deveria ser seu porto seguro – fez questão de:
- Ignorar os pedidos de ajuda
- Não chamar socorro médico
- E, para completar o absurdo, ainda agrediu a vítima
O caso veio à tona depois que vizinhos, assustados com os gritos, chamaram a polícia. Chegando lá, encontraram a cena que nenhum agente quer ver: uma mulher pálida, ensanguentada, e um homem que sequer demonstrava arrependimento.
O que dizem as testemunhas?
"Nunca vi coisa igual", conta uma moradora que prefere não se identificar. "Ela batia na porta pedindo ajuda, e ele lá dentro, fingindo que não era com ele. Até a polícia chegar, foi um inferno."
Pior: segundo relatos, o agressor ainda teve a cara de pau de dizer que "mulher exagera nessas horas". Como se perder um filho fosse drama de novela das seis.
E agora, José?
O sujeito foi detido – graças a Deus – e vai responder por:
- Omissão de socorro (artigo 135 do Código Penal)
- Lesão corporal (artigo 129)
- Violência doméstica (Lei Maria da Penha)
A vítima foi levada às pressas para o hospital. Fisicamente, vai se recuperar. Mas e psicologicamente? Difícil dizer. Perder uma gestação já é uma dor sem tamanho. Agora, passar por isso tendo que lidar com a crueldade de quem jurou te amar... Bem, isso é outra história.
PS: Se você conhece alguém passando por situação parecida, não fique calado. Disque 180. A gente precisa quebrar esse ciclo de violência.