
Não é todo dia que uma notícia te corta a respiração, mas essa… essa é daquelas que dói na alma. No Espírito Santo, uma história trágica — daquelas que a gente nunca quer acreditar — veio à tona. Uma mãe, sim, a própria mãe, foi algemada sob a forte suspeita de ter envenenado o filho. Um bebê. De apenas nove meses.
Parece roteiro de filme, mas é a mais pura e crua realidade. Tudo aconteceu em Viana, região metropolitana de Vitória. A criança, que mal havia começado a explorar o mundo, foi levada às pressas para o Hospital Infantil depois de passar mal em casa. Os sintomas? Clássicos de intoxicação. E não deu outra: os exames toxicológicos confirmaram a presença de uma substância controlada no corpinho dela. Alprazolam. Um remédio que, nas mãos erradas, vira arma.
E olha que o desespero foi grande. A família correu, os médicos lutaram, mas não teve jeito. O estado de saúde do pequeno se agravou de um jeito assustador, rápido demais. Ele não resistiu. Morreu no hospital, longe do colo que deveria protegê-lo.
As Peças Que Não Fechavam
Aqui é que a coisa fica ainda mais sombria. A polícia, é claro, abriu investigação. E as coisas não batiam. A versão da mãe? De que o menino havia ingerido acidentalmente um remédio para pressão da avó. Só que… a autópsia não encontrou traço desse medicamento. Nada. Zero.
Em vez disso, o laudo pericial apontou para o alprazolam. E aí, meu Deus, o que essa mãe fez? Ela mesmo teria admitido, durante o depoimento, que deu o comprimido para o bebê. Ela! O motivo? Diz ela que era para ele dormir. Para ele dormir. Uma dose letal de tranquilizante para um bebê de nove meses.
Os investigadores não engoliram a história. A delegada Titina Cardoso, que está à frente do caso, foi enfática: as evidências apontam para homicídio doloso. Ou seja, ela sabia o que estava fazendo. A justiça capixaba concordou e decretou a prisão preventiva dela. Agora, a mulher responde atrás das grades enquanto o processo segue.
Uma Dor Que Não Passa
O que leva uma pessoa a fazer algo assim? Ninguém sabe. A família, é claro, está arrasada. Destruída. Imagine só a avó, que perdeu o neto e agora vê a filha presa. É um baque que não tem tamanho. A comunidade de Viana também está em choque. Todo mundo se pergunta como algo assim pôde acontecer tão perto.
O caso serve como um alerta sinistro. Um daqueles que a gente lê e espera nunca, nunca testemunhar. A polícia continua apurando todos os detalhes, mas uma coisa é certa: uma vida inocente foi interrompida de maneira brutal e inexplicável. E o colo que era para ser o porto seguro se tornou, na verdade, a maior ameaça.