Mãe é presa após esfaquear filha de 11 anos em Campinas: forte cheiro de álcool e tragédia familiar
Mãe bêbada esfaqueia filha de 11 anos em Campinas

Não foi uma noite qualquer em Campinas. O que começou como mais um dia comum terminou em sangue e lágrimas — uma cena que nem os vizinhos mais antigos do bairro conseguiriam imaginar. Por volta das 22h, o silêncio foi quebrado por gritos. Gritos de uma criança.

A polícia chegou rápido, mas não rápido o suficiente. Encontraram uma cena dantesca: uma menina de 11 anos, ensanguentada, e sua própria mãe, com um olhar vago e um cheiro de cachaça que dava para sentir a metros de distância. "Parecia que ela nem entendia o que tinha feito", contou um dos PMs, ainda sob o impacto.

O que levou a isso?

Ninguém sabe ao certo — e talvez nem a própria mãe. Testemunhas disseram que ouviam discussões frequentes na casa, mas nada que prenunciasse tamanha tragédia. "Ela sempre foi uma mãe dedicada, mas ultimamente...", a voz do vizinho some, sem conseguir terminar a frase.

O álcool parece ter sido o gatilho. Ou a desculpa. Difícil dizer. Os policiais relataram que a mulher, de 34 anos, mal conseguia ficar em pé quando foi detida. "Ela tentou justificar dizendo que a filha a tinha desrespeitado", revela um delegado, com a expressão dura. Como se isso fosse justificar uma facada.

A menina: entre a vida e a morte

Enquanto isso, no hospital, médicos lutam para estabilizar a criança. O ferimento — profundo, perigoso — atingiu regiões vitais. "Ela chegou aqui quase sem sinais vitais", confidencia uma enfermeira, os olhos vermelhos de cansaço e comoção.

Os parentes, quando apareceram, pareciam estar em estado de choque. "Como explicar isso pra família?", pergunta um tio, as mãos tremendo. Pergunta que ecoa na cabeça de todos os envolvidos.

E agora?

A mãe está na cadeia, sob acusação de tentativa de homicídio. O álcool no sangue dela? Quase três vezes acima do limite. Mas isso não é desculpa — nunca é. A Justiça terá que decidir, mas a sociedade já julga: não há perdão para quem machuca um inocente, muito menos o próprio filho.

Enquanto a menina luta pela vida, Campinas se pergunta: quantas famílias estão à beira de um colapso assim? Quantas mães, pais, filhos estão a um gole de distância da tragédia? Perguntas sem resposta — só o cheiro forte de álcool e o silêncio pesado de quem presencia o pior do ser humano.