Um grave erro da Justiça de Pernambuco colocou em risco a vida de uma vítima de violência doméstica ao expor publicamente seu endereço residencial. A informação, que deveria ser protegida, foi acessada pelo agressor, forçando a mulher a abandonar sua casa em busca de segurança.
O caso ocorreu quando um documento judicial, contendo dados sigilosos da vítima, foi disponibilizado em um sistema público. A exposição do endereço permitiu que o agressor localizasse a mulher, mesmo com medidas protetivas em vigor.
Falha no sistema de proteção
Especialistas em direitos humanos alertam que esse tipo de negligência pode ter consequências trágicas. "Quando o Estado falha em proteger dados sensíveis, ele se torna cúmplice da violência", afirma uma representante de organização de defesa dos direitos das mulheres.
Consequências para a vítima
A mulher, que preferiu não se identificar, relatou o trauma de ter que abandonar abruptamente seu lar: "Tive que deixar tudo para trás - meu trabalho, meus pertences, minha rotina. Me sinto como uma fugitiva na minha própria cidade".
O caso levanta questões urgentes sobre:
- Falhas nos sistemas judiciais de proteção a vítimas
- Necessidade de treinamento de servidores
- Importância de protocolos rígidos para dados sensíveis
- Fragilidade das medidas protetivas quando há erros institucionais
O que diz a Justiça?
O Tribunal de Justiça de Pernambuco informou que está apurando o caso e revisando seus procedimentos. Em nota, afirmaram que "medidas estão sendo tomadas para evitar que situações semelhantes ocorram no futuro".
Enquanto isso, a vítima aguarda transferência para um novo endereço sigiloso, enquanto organizações de direitos humanos pressionam por mudanças estruturais no sistema de proteção a mulheres em situação de violência.
