
O tribunal de justiça de Ribeirão Preto acabou de tomar uma decisão que vai fazer barulho. Um homem, cujo nome a gente evita mencionar por questões legais, vai finalmente encarar um júri popular pelas acusações pesadíssimas que pesam contra ele.
E olha que o caso é daqueles que dão arrepio. Imagina só: estamos em setembro do ano passado, e esse cidadão supostamente agride a própria namorada dentro de um carro. Mas não para por aí – a situação degringola completamente quando ele decide arrancar com o veículo com a mulher ainda parcialmente fora do carro. Sim, você leu certo.
A vítima, que milagrosamente sobreviveu, foi arrastada por metros e metros. O resultado? Trauma craniano grave, múltiplas fraturas e um longo período de recuperação pela frente. Até hoje ela sente as consequências físicas e psicológicas dessa agressão brutal.
O longo caminho até o júri
O Ministério Público não ficou com meias medidas: denunciou o acusado por tentativa de homicídio qualificada. E sabe o que torna tudo mais grave? Duas circunstâncias que aumentam a pena: violência doméstica e uso de meio cruel. A defesa tentou jogar contra, alegando que não havia provas suficientes, mas a juíza Vanessa Carvalho Ruiz não comprou a ideia.
Num daqueles documentos jurídicos que misturam linguagem técnica com revolta contida, a magistrada deixou claro: as evidências são mais que suficientes. Tem imagens de câmeras de segurança, testemunhas que viram tudo, e o depoimento da própria vítima – que mesmo traumatizada, conseguiu relatar o inferno que viveu.
E agora? Agora a bola está com o tribunal do júri. Sete cidadãos comuns vão precisar decidir sobre o destino desse homem. É a justiça funcionando – devagar, como sempre, mas funcionando.
Um retrato assustador
O que mais me impressiona nesses casos é a frieza. O cara não só agrediu a companheira como depois ainda tentou fugir da responsabilidade. Durante o processo, inventou mil histórias, mas as provas contam outra narrativa.
Ribeirão Preto, que normalmente aparece nas notícias por seu agronegócio pujante ou eventos culturais, agora tem que encarar esse lado sombrio. A violência doméstica não escolhe cidade, não escolhe classe social – e esse caso escancara uma realidade que muitas mulheres vivem caladas.
Enquanto isso, a vítima segue tentando reconstruir a vida. Terapia, medo de confiar novamente, sequelas físicas que talvez nunca desapareçam completamente. É daquelas histórias que te fazem pensar: até quando?