Tragédia em Brasília: Idosa de 93 anos vítima de maus-tratos não resiste e morre no hospital
Idosa de 93 anos vítima de maus-tratos morre em Brasília

Era uma tarde como qualquer outra em Brasília — até que a notícia chegou como um soco no estômago. Dona Maria*, 93 anos, aquela senhora frágil que mal conseguia segurar um copo d'água, partiu. E o pior? Depois de passar por coisas que nem um animal deveria sofrer.

Os detalhes são de cortar o coração. Vizinhos contam que ouviam gritos abafados vindo da casa simples no Setor Habitacional Taquari. "Parecia um filme de terror", confessa uma moradora que preferiu não se identificar. "Mas a gente nunca imaginou que fosse tão grave..."

O resgate que chegou tarde demais

Quando a equipe do Conselho Tutelar do Idoso finalmente entrou na residência, a cena era digna de pesadelo: Dona Maria, pesando menos de 40kg, com marcas de agressões por todo o corpo. "Ela mal conseguia falar", revela uma das assistentes sociais que participou do resgate. "Só sussurrava 'por favor' repetidamente."

No hospital, os médicos ficaram chocados. Desnutrição severa. Fraturas mal curadas. Queimaduras suspeitas. "Um caso dos mais graves que já vi em 20 anos de profissão", desabafa um enfermeiro da equipe que a atendeu.

Quem era a vítima?

  • Ex-professora primária aposentada
  • Viúva há 15 anos
  • Mãe de 3 filhos (um já falecido)
  • Morava com um neto e a nora

E aqui vem a parte que deixa a gente com um nó na garganta: os principais suspeitos são justamente familiares. A Polícia Civil já abriu inquérito, mas ninguém foi preso — ainda. "Estamos analisando as provas com cuidado", diz o delegado responsável, evitando dar detalhes.

Enquanto isso, no bairro, o clima é de revolta misturada com culpa. "Todo mundo sabia que tinha algo errado", admite o dono da padaria local. "Mas ninguém fez nada. Agora é tarde."

O caso reacendeu o debate sobre a violência contra idosos no DF — só em 2025, já foram registrados 147 casos similares. E a pergunta que não quer calar: quantas 'Donas Marias' ainda estão sofrendo em silêncio por aí?

*Nome fictício para preservar a identidade da vítima