Era pra ser mais um dia comum no centro de Piracicaba, mas o que se viu foi uma cena digna de filme de ação. Um homem, já conhecido por ameaçar a ex-companheira, decidiu que pular do terceiro andar de um prédio seria melhor ideia do que enfrentar a delegada que o procurava. Só que o sujeito tinha um trunfo: era praticante de parkour.
Não deu certo. A queda foi feia, mas não fatal — e ele foi capturado minutos depois, com direito a plateia de curiosos e muito burburinho nas redes sociais. "Parecia um macaco desengonçado", comentou uma testemunha, que preferiu não se identificar.
O pior ainda estava por vir
Enquanto isso, na delegacia, outras duas mulheres reconheceram o "atleta" das alturas. E não foi para elogiar suas acrobacias: ambas apresentaram queixas formais por agressões e ameaças anteriores. Uma delas, inclusive, mostrou mensagens de terror que recebeu durante meses. "Ele dizia que sabia onde eu trabalhava e que ia me pegar", contou, ainda tremendo.
O delegado responsável pelo caso não escondeu a irritação: "Isso aqui não é cinema, é vida real. Parkour não é carta branca para cometer crime e achar que vai escapar". A fala duríssima veio acompanhada de um dado assustador: só este ano, a região registrou aumento de 40% em casos similares.
E agora, José?
O "acrobata" do mal — como já está sendo chamado nos grupos de WhatsApp da cidade — responde por injúria, ameaça e lesão corporal. Foi liberado após pagar fiança, mas tem ordem de restrição contra as três mulheres. Será que aprendeu a lição? Difícil dizer. Enquanto isso, as vítimas seguem com medo e a pergunta que não quer calar: por que tantos ainda acham que amor e dor rimam?
Piracicaba, que normalmente faz fama pelos doces e pela arquitetura histórica, agora tem esse caso absurdo para entrar nos anais da justiça. E olha que o ano nem acabou...
