Caso chocante no RJ: Justiça mantém prisão de homem que torturava namorada em cativeiro
Homem tortura ex-namorada em cativeiro e segue preso no RJ

Um daqueles casos que faz você perder a fé na humanidade — mas recuperá-la na Justiça. A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio manteve a prisão preventiva de um homem acusado de sequestrar a própria ex-namorada e submetê-la a sessões de tortura que beiram o inacreditável.

O indivíduo, cuja identidade permanece sob sigilo (e que bom, porque ninguém merece saber quem é uma pessoa dessas), estava foragido desde maio. A polícia finalmente o encontrou escondido — pasmem — na casa da mãe dele, em Volta Redonda. Coincidência ou não, ele trabalhava justamente como vigilante. Ironia cruel, não?

Mas vamos ao que interessa: o que esse sujeito fez é de cair o queixo. Segundo as investigações, ele manteve a vítima, uma jovem de 24 anos, presa dentro de casa por nada menos que cinco dias. Cinco. Dias. E não foi só isso: ele amarrou ela com cordas, aplicou choques elétricos — sim, choques — e ainda a agrediu com uma barra de ferro. Uma barra de ferro.

O pesadelo em detalhes

A coisa toda começou como uma discussão comum, daquelas que todo casal tem. Só que não. Ele não deixou a ex-namorada sair de casa. Nem para trabalhar, nem para ver a família, nem para respirar. Chegou a ameaçar matá-la com uma faca, e em determinado momento colocou uma arma de fogo na boca dela. Sim, na boca.

Quando a polícia finalmente invadiu o local, depois de receber uma denúncia anônima (abençoada seja quem ligou), encontrou a vítima com marcas por todo o corpo. Hematomas, queimaduras de choque e traumas que provavelmente vão durar muito mais que os físicos.

E a Justiça?

O defensor público — porque é claro que ele tem defensor público — tentou reverter a prisão. Alegou que o homem tinha emprego fixo e residência estável. Como se isso fosse justificar choques elétricos e sequestro, né?

Por sorte, a desembargadora Maria Cristina Gonçalves não comprou a ideia. Manteve a preventiva, destacando a gravidade do crime e — olha só — o risco de ele fugir de novo ou intimidar a vítima. Surpresa zero: ele já estava foragido.

O caso agora segue para julgamento, mas uma coisa é certa: enquanto estiver atrás das grades, pelo menos outras mulheres estarão um pouco mais seguras. Porque homem assim solto é perigo público.