
A cena foi digna de filme de terror — mas infelizmente, era a pura realidade. Na tarde desta quinta-feira (15), um homem de 32 anos decidiu que a vida da ex-companheira não valia mais a pena. Armado com uma faca, ele a atacou com uma violência que chocou até os policiais experientes que atenderam a ocorrência.
Segundo testemunhas — que preferiram não se identificar, com medo de represálias —, o agressor esperou a vítima chegar em casa. Quando ela descia do ônibus, ele partiu para cima como um touro enraivecido. "Foi coisa de louco", comentou um vizinho, ainda visivelmente abalado. "Ela gritava, ele continuava esfaqueando... Nunca vi nada igual."
Fuga frustrada e prisão
Depois do ataque, o suspeito tentou fugir como um rato acuado. Mas a sorte — ou melhor, o trabalho rápido da polícia — estava do lado da justiça. Em menos de duas horas, ele foi localizado escondido na casa de um conhecido, no bairro Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus.
O delegado responsável pelo caso, que pediu para não ser identificado, foi categórico: "Isso não foi briga de casal, foi tentativa de homicídio com requintes de crueldade". A vítima, de 28 anos, foi levada às pressas para o Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto. Os médicos disseram que ela escapou por pouco — um dos golpes passou a centímetros do coração.
Histórico de violência
Pelas redes sociais da vítima — que agora estão privadas — dava para ver que o relacionamento já tinha passado por turbulências. Amigos próximos revelaram que ela já tinha feito boletim de ocorrência contra o ex no ano passado, mas depois retirou a queixa. "Ela sempre dava uma chance a mais", contou uma amiga, com a voz embargada. "Quase custou a vida dela."
O caso reacende o debate sobre a eficácia das medidas protetivas — afinal, quantas Marias, Joanas e Antônias precisam morrer antes que a lei realmente proteja as vítimas? Enquanto isso, o agressor aguarda julgamento na cadeia. E a vítima? Tenta reconstruir a vida, uma cicatriz de cada vez.