
Era pra ser mais uma terça-feira comum no bairro da Penha, Zona Norte do Rio. Mas o que aconteceu num apartamento modesto da Rua Uranos por volta das 14h30 desta semana deixou a vizinhança em estado de choque.
Os gritos eram tão altos que dava pra ouvir do corredor. Um homem, aos berros, desferia socos e chutes contra uma mulher – que, pasmem, era sua própria companheira. A cena foi de uma brutalidade tão gritante que nem mesmo os vizinhos mais reticentes hesitaram: ligaram para a polícia na hora.
A chegada da lei
Quando os agentes da 41ª DP chegaram, encontraram um cenário desolador. A vítima, com marcas roxas pelo corpo, o rosto inchado e visíveis sinais de espancamento, precisou ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros. Foi levada direto para um hospital da região, ainda assustada e tremendo de dor.
O agressor, um homem de 38 anos – cujo nome a polícia preferiu não divulgar de imediato – foi detido no local. Estava visivelmente alterado, mas não resistiu à prisão. Acho que na hora H, a ficha caiu: a violência não compensa, nunca.
O que diz a polícia
Segundo delegados envolvidos no caso, o homem vai responder por lesão corporal dolosa. E olha, pelo nível da agressão, é bem possível que a pena não seja leve. A Justiça já deve marcar a audiência de custódia nos próximos dias – e torcemos para que a vítima esteja mais recuperada até lá.
Casos como esse me fazem pensar: até quando precisaremos ver notícias assim? A violência doméstica é uma chaga social que insiste em se repetir, ano após ano. E o pior – muitas vezes calada entre quatro paredes.
Mas desta vez, a vizinhança agiu. E rápido. O que nos faz acreditar que, sim, a conscientização está aos poucos mudando mentalidades. Ninguém mais quer ficar quieto vendo uma mulher apanhando. E isso, convenhamos, é um avanço e tanto.